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segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Cortes e Recortes de Cde...

Estes são recortes provenientes do blogue 
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http://c-de.blogspot.pt/p/cortes-e-recortes.html

Os mais actuais encontram-se naquele local


20 de dezembro de 2014

É assim que o capitalismo garante a sua hegemonia







28 de novembro de 2014


FIFA condena assalto israelense à Federação Palestina de Futebol

Os presidentes da Federação Internacional de Futebol Associação (Fifa) e da Confederação Asiática de Futebol (CAF), Joseph Blatter e Salman bin Ibrahim Al Jalifa, condenaram na última terça-feira (25) o assalto cometido pelas forças de ocupação israelense contra a sede da Federação Palestina de Futebol.

Israel invadiu e ocupou sede da federação palestina de futebol, sem revelar motivo Segundo informações da agência palestina de notícias Wafa, o regime israelense invadiu na segunda-feira o edifício da FPF em Jerusalém, com o pretexto de inspecionar a sede, ato que foi qualificado de inaceitável por parte dos responsáveis pela entidade.

De: http://www.vermelho.org.br/noticia/254303-9

5 de novembro de 2014

Licenciados em demasia

A vergonhosa e desprezível declaração de Merkel sobre os licenciados em demasia em Portugal, como muitas outras anteriormente feitas, caluniando os portugueses, não têm merecido resposta dos nossos governantes, sejam do PS sejam do PSD, figuras merdosas, cobardes e submissas, a quem a comunicação social chama de "arco do poder", mestres na arte de mentir e enganar papalvos para ganharem eleições e se autoapelidarem representantes dos portugueses.

Representantes dos portugueses ou representantes dos seus patrões, pretensamente donos do mundo capitalista, que governam com a cumplicidade, destes palhaços?
Estamos à espera de quê para correr de vez com esta escumalha que destrói o país e o vende em saldo? 
De que massa são feitos os portugueses que os aturam e não tomam em suas mãos a defesa dos seus direitos?

Hoje é claro, para a grande maioria, que esta política de direita, executada por esta gente não serve! Contudo parece não ser claro que temos as soluções nas mãos. Continuamos esperando por D. Sebastião que segundo dizem, e parece que acreditam, aparecerá numa manhã de nevoeiro para fazer por nós aquilo que já deveríamos, há muito, ter feito.
  
Não continuemos a ir na onda, agora com os muitos licenciados, desviando as atenções do que é importante. O que eles não querem que se saiba, e por isso dão ordens à "comunicação social" para esconder, é que temos bastantes portugueses, licenciados ou não, que sabem o que querem, que apresentam propostas e soluções, que mostram que existe uma política alternativa a esta miserável política de direita. Esses sim, para eles, são em demasia porque não servem os seus interesses. 


2 de novembro de 2014

Estados Unidos mais uma vez isolados

A Assembleia Geral da ONU voltou a aprovar nesta terça-feira, pelo 23º ano consecutivo e com imensa maioria dos votos, uma resolução pelo fim do embargo que os Estados Unidos há meio século impõem a Cuba

A resolução foi apoiada por 188 países. Apenas Estados Unidos e Israel votaram contra. 


"As votações na ONU contra o bloqueio económico que os Estados Unidos mantêm contra Cuba evidenciam o isolamento internacional quase unânime no qual Washington se encontra hoje", afirmou o vice-diretor de Assuntos Multilaterais da chancelaria cubana, Pedro Luis Pedroso.







25 de outubro de 2014




Publicidade enganosa

Em França o Partido Socialista discute se muda o nome para deixar o "Socialista". Cá o Partido Socialista meteu o Socialismo na gaveta mas ainda não mudou o nome. Mantém a publicidade enganosa




















21 de outubro de 2014

Crise sistémica global

2015: O mundo vira para Leste


Do Boletim do GEAB (Global Europe Anticipation Bulletin): Nas últimas quatro semanas verificaram-se factos transcendentais. Por um lado, a China tornou-se a primeira potência económica mundial, ultrapassando oficialmente os Estados Unidos, com um peso económico oficial (números do FMI) de 17,61 mil milhões de dólares (contra 17,4 para os EUA). Apesar de os media "de referência" não terem dado a mínima importância a esta informação, nossa equipe, em contrapartida, considera que se trata de um acontecimento histórico: os Estados Unidos já não são a primeira potência económica mundial e, forçosamente, isso muda tudo! 

Tanto mais porque, em paralelo à ultrapassagem deste marco, os Estados Unidos, depois de terem tentado impressionar o planeta com um militarismo arrogante durante a crise ucraniana, revelam uma fraqueza estratégica importante na sua "gestão" da crise iraquiana. A política musculada, que parecia obrigar o mundo a ficar sob a tutela americana por um tempo indefinido, torna-se insuficiente. 


Estes dois indicadores permitem discernir um ponto de inflexão importante no desenrolar da crise sistémica global: a passagem de um mundo americano a um mundo chinês... 




domingo, 24 de fevereiro de 2013

Publicações do blogue C de...

Estes textos foram retirados do blogue C de...

São pequenos escritos, de outros blogues ou jornais, que me chamarem à atenção e me parecerem de registar, quer pela positiva, quer pela negativa. Com eles sempre se poderá aprender...

27 de dezembro de 2012

Promessas de Coelho

Na Assembleia da República Passos Coelho prometeu um ano melhor em 2013. Ano melhor e uma sociedade mais justa. 
Jerónimo de Sousa ironizou e disse: que «sociedade mais justa» é essa afinal que «faz da destruição do emprego, da diminuição dos rendimentos do trabalho as principais medidas de ajustamento económico». 
«Que sociedade de justiça é essa que promove e impõe a lei da selva nas relações laborais, desprotegendo a parte mais fraca, precarizando o trabalho como regra, o trabalho forçado e não pago, que corta nos direitos, que reduz a segurança no emprego, enfraquece a política social no desemprego, que pela quinta vez desde que é governo se apressa a alterar o Código do Trabalho?»


24 de novembro de 2012

Corrupção uma característica da política de direita 


Ver em  http://videos.sapo.pt/kzZH4Ua8qCjuDPNQkL9a

9 de novembro de 2012

O Governo reconhece:




6 de novembro de 2012

No crime : O exemplo vem de cima
Na punição : Punição? Para os de cima isso não existe




21 de outubro de 2012

Comentários que se lêem e ouvem

Uma seleção ao acaso




15 de outubro de 2012

Com um pouco mais tempo, recomeço este separador "Cortes e recortes"
E recomeço com uma das muitas faces do capitalismo e da política de direita que nos explora.

Os virtuosos exemplos do Capitalismo

ESTORIL NUMA DAS CASAS QUE ERA DO EMPRESÁRIO JORGE DE MELLO (na Quinta Patino). Ao que consta, é também proprietário de mais um lote anexo (tudo em nome de Sociedades Offshore).

NÃO PRECISA DE SE ESCONDER. Tem tantos amigos que o protegem... 

Vive em vários locais. Um deles é na sua mansão no Estoril, bem perto da escola de hotelaria, com uma excelente piscina sempre aquecida; no jardim casa de bonecas com ar condicionado (vinda de um qualquer país nórdico) para a neta; com um casal de caseiros vindos da Colômbia expressamente para o cargo (muito útil pois não sabem uma palavra de português); a esposa actual (Xana, durante muitos anos, uma das muitas amantes que tinha, a quem oferecia carros topo de gama), esbanja em compras para ela e seus amigos. Ele oferece jantares em restaurantes in, caça no Alentejo com amigos e passeia às escancaras por Cascais e Estoril.
Vive com o nosso dinheiro. Dinheiro que a troika interna PS+PSD+CDS e Cavaco Silva, rouba para "tapar" o outro roubo.
Quase 9.000 Milhões de euros que essa troika decidiu pôr no BPN.


Presidente dos CTT recebia dois ordenados!
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O Presidente do Conselho de Administração dos CTT, Estanislau Mata da Costa - que se demitiu no final do mês passado, sem ter terminado o mandato - recebeu, durante cerca de dois anos, dois vencimentos em simultâneo: um pelo cargo nesta empresa, de cerca de 15 mil euros, e outro correspondente às suas anteriores funções na PT, de 23 mil euros. E isto apesar de ter suspendido o vínculo laboral com a PT.

Esta acumulação de vencimentos por parte de Mata da Costa, atingia o valor mensal de cerca de 40 mil euros.

Mata da Costa, que era quadro da PT, foi nomeado para presidir aos CTT em Junho de 2005. Mas, em vez de se desligar desta empresa, fez um acordo de «suspensão do contrato de trabalho, embora estranhamente sem perda de remuneração.
15 de maio de 2012





14 de maio de 2012


Direitos Humanos

Longa é a lista da violação dos verdadeiros direitos humanos nos EUA. 
No blog Foicebook, Daniel Vaz de Carvalho ontem publicou um artigo de que vou extrair algumas notas:

"...qual é o país onde:
- Os trabalhadores não têm real direito a organizar um sindicato, embora enfrentem um constante decréscimo do nível de vida?
- Os trabalhadores quando tentam organizar um sindicato independente são confrontados com repressão e ilegalmente despedidos?
- Os ativistas sindicais enfrentam o despedimento?
- Há ameaças de fecho da empresa se os trabalhadores se organizarem?
- Metade das empresas onde há sindicalizados nunca concretizam contratos com os sindicatos?
..."
Para ler o texto completo clique (aqui).


9 de maio de 2012

Pela Paz ou Pela Guerra?
Segurança? NATO? Afeganistão? Sahel?


O Governo português está a preparar a nossa participação na aventura belicista da NATO no Norte de África e Sahel que faz parte do plano dos EUA para o domínio das matérias primas daquele continente. Para isto já há dinheiro. Ou estão à espera de receber as migalhas do repasto saqueado aos povos africanos?

30 de Abril de 2012

Do bastonário da Ordem dos Advogados:

"Quem mentiu ou mente ao povo soberano não pode invocar nenhuma legitimidade para exercer cargos públicos. Quem mente aos eleitores perde todas as legitimidades democráticas, incluindo - diria mesmo: sobretudo - a de governar. Em rigor não se pode representar aqueles que foram enganados. A mentira ou até a simples omissão da verdade gera um vício de representação que esvazia o mandato político de toda a legitimidade democrática."

27 de abril de 2012

No país da Democracia
Têm medo da transparência




Os Cortes e recortes mais antigos estão arquivados (aqui) 

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Cortes e Recortes

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Separador Cortes e Recortes

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3 de Novembro de 2011
Vídeo censurado no Youtube

O vídeo que desapareceu do youtube, e que referi ontem, pode ser visto no Vimeo em http://vimeo.com/31322866 




Uma informação de que muitos órgãos de comunicação "evitaram" citar a origem:

Aprovado diploma do PCP sobre prescrição por princípio activo
Em defesa dos utentes e do Estado

A Assembleia da República aprovou, na generalidade, com os votos favoráveis de todas as bancadas (à excepção do PS, que se absteve) o projecto de lei do PCP que institui a prescrição por Denominação Comum Internacional (DCI).

Com este processo legislativo que visa adoptar como regra no Serviço Nacional de Saúde a prescrição por princípio activo, incluindo no ambulatório, ainda que se esteja longe da legislação ideal, não deixa de ser um avanço merecedor de aplauso, sobretudo para quem, como o PCP, há mais de dez anos luta por este objectivo.

(ver em Jornal Avante!)



Militares mobilizam-se
Para a jornada do próximo dia 12, com concentração no Rossio e desfile até ao Ministério das Finanças, decidida no encontro nacional de 22 de Outubro, prossegue a mobilização de praças, sargentos e oficiais dos três ramos das Forças Armadas, com o apoio das respectivas associações profissionais.




147 multinacionais controlam riqueza mundial
Os senhores do planeta

Menos de um por cento das multinacionais controla cerca de 40 por cento da riqueza mundial, segundo revela um recente estudo de investigadores suíços que analisaram as ligações de 43 060 corporações transnacionais.



(ver em Jornal Avante!)


2 de Novembro de 2011

O blog Antreus, denuncia mais um caso de "censura" desta vez no Youtube.
Tal como aqui, neste blog por várias vezes foi denunciado a CIA e a DIA (militar) dos EUA controlam a informação que a Comunicação Social publica. Aqui vai o recorte:


1 de Novembro de 2011

No Diário.info foi publicado um trabalho de John Pilger que é importante ler. Fica aqui um "cheirinho":

O filho de África reclama as jóias da coroa do continente
John Pilger


Durante mais de uma década, os EUA tentaram estabelecer um comando no continente Africano, o AFRICOM, mas este foi recusado pelos governos receosos das tensões regionais que iria causar. A Líbia, e agora o Uganda, o Sudão do Sul e o Congo representam a grande oportunidade. Como demonstram a Wikileaks e a Estratégia Nacional Contra o Terrorismo, os planos dos EUA para África são parte de um plano global de acordo com o qual 60 000 forças especiais, incluindo esquadrões da morte, operam em 75 países. Como disse o então Secretário da Defesa Dick Cheney, os EUA querem simplesmente mandar no mundo.
Artigo completo (aqui) 




29 de Outubro de 2011

China expõe hipocrisia dos EUA em relação aos Direitos Humanos



1ª Parte

1. Sobre o Direito à vida, à propriedade e à segurança pessoal. 


A proliferação da violência criminal nos Estados Unidos constitui uma grave ameaça para a vida, a propriedade e a segurança pessoal de seus cidadãos.

Durante 2008, nos Estados Unidos ocorreram 4,9 milhões de crimes violentos, 16,3 milhões de delitos contra a propriedade e 137 mil pessoas foram vítimas de roubos, de acordo com um relatório do Departamento de Justiça dos Estados Unidos publicado em setembro de 2009.

Nesse mesmo ano, a taxa de criminalidade se situou em 19,3 delitos violentos para cada mil pessoas de 12 anos de idade ou maiores (Vítimas de Crimes - 2008, Departamento de Justiça dos EUA, www.ojp.usdoj.gov). 

Ao longo de 2008, o país registrou mais de 14 milhões de prisões por todo tipo de delitos (exceto infrações de trânsito). O índice de detenções por crimes violentos foi de 198,2 pessoas por cada 100 mil habitantes (O Crime nos Estados Unidos, FBI, www.fbi.gov/ucr/cius2008/arrests/). 

Só na cidade de Nova York, foram registrados 461 assassinatos em 2009, ano em que a taxa de criminalidade se situou em 1.151 casos para cada 100 mil pessoas (www.usqiaobao.com ). 

A localidade de San Antonio, no estado do Texas, passou a ser considerada a mais perigosa entre as 25 maiores cidades do país, com 2.538 crimes cometidos para cada 100 mil habitantes (www.usqiaobao.com). 

Cerca de 30 mil pessoas morrem a cada ano nos Estados Unidos em acidentes com armas de fogo (www.usqiaobao.com). 

De acordo com um relatório do FBI, 14.180 pessoas morreram assassinadas em 2008 no país (www.usatoday.com). 

Os autores de 66,9% dos homicídios usaram armas de fogo em seus crimes, enquanto que em 43,5% dos roubos e 21,4% das agressões violentas seus autores portavam algum tipo de arma de fogo (www.thefreelibrary.com). 

As instalações escolares dos Estados Unidos foram cenário de numerosos crimes violentos, com o crescente aumento dos tiroteios ocorridos em escolas do país.

A Heritage Foundation dos Estados Unidos informou que 11,3% dos estudantes do ensino secundário na capital do país, Washington, afirmaram ter sido "ameaçados ou feridos" com uma arma enquanto se encontravam dentro das instalações de ensino em 2008 (www.heritage.org ).

Durante o período letivo de 2007-2008, a política respondeu a mais de 900 chamadas telefônicas relatando acontecimentos violentos em escolas públicas da cidade de Washington.
(www.heritage.org ).

Nos colégios públicos de Nova Jersey foram registrados 17.666 incidentes violentos em 2007-2008 (www.state.nj.us/education/schools/vandv/0708/). 

A Universidade de Nova York foi cenário de 107 crimes graves em cinco de seus campus entre 2006 e 2007 (www.nytpost.com).





27 de Outubro de 2011

Com o título 

O logro das «inevitabilidades»


publicou o Jornal Avante um interessante artigo de opinião de Aurélio Santos que pode ser visto na íntegra (aqui). Dele recortei estes parágrafos:


As medidas que este Governo está a tomar são tão marcadamente ditadas pelos interesses do grande capital financeiro e tão descaradamente injustas que o Governo e os partidos da direita que o apoiam não conseguiram encontrar um discurso credível para as justificar.
(...)
Porque nos escondem quem fez a dívida, como foi gasto o dinheiro, quem são os nossos credores? Porque haveríamos de pagar uma factura que nem sequer temos o direito de conhecer?
(...)
A convicção da nossa razão está a tornar-se uma força material capaz de se opor e de impedir o massacre social dos trabalhadores e dos povos.




sábado, 22 de Outubro de 2011 | 13:15
Líbia: Governo Venezuela acusa NATO de política de barbárie


O governo da Venezuela reiterou a sua condenação do «crime cometido no dia 20 de outubro de 2011 contra o líder líbio Muammar Khadafi», ao denunciar a «política de barbárie conduzida pela NATO e seus aliados na Líbia».
«A agressão militar unilateral e ilegal da NATO contra um país que não efetuou nenhum ato de guerra, semeia um triste precedente que poderá ser utilizado à conveniência do império contra qualquer nação do Sul que se interponha no caminho da sua política de domínio», refere um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros, emitido na sexta-feira.
A nota realça que «as potências colonialistas» conduziram uma política violenta na nação africana para mudar o regime «em violação dos princípios mais básicos do Direito Internacional».
Diário Digital / Lusa 





16 de Outubro de 2011



Alguns pontos da análise do PCP


Das conclusões da reunião do Comité Central do PCP, lidas por Jerónimo de Sousa recortei os seguintes parágrafos:


Agravamento da situação económica


A evolução profundamente negativa da situação económica do país está patente na contínua destruição do tecido produtivo, na contracção do mercado interno, na ruptura das cadeias de pagamento, na asfixia e ruína dos micro, pequenos e médios empresários.


...uma grave recessão económica que será agora ainda mais profunda em resultado das medidas anunciadas esta semana pelo Primeiro-Ministro ao país. Medidas que são um roubo infame aos trabalhadores e ao nosso povo... 


Dose reforçada de veneno


...agravamento dos preços da electricidade, combustíveis, portagens, medicamentos e taxas moderadoras, cortes no investimento público, encerramento de serviços públicos, diminuição de apoios sociais, privatização de empresas públicas são, entre outras medidas previstas no pacto de agressão e que o governo PSD/CDS, com apoio do PS, se prepara para concretizar, uma nova dose reforçada de veneno para matar a economia e desgraçar o país.


Os "empréstimos" são um infame negócio para os bancos que levam o dinheiro e cobram-nos juros do que não pedimos emprestado


Entretanto, a aplicação do pacto de agressão terá como consequência a extorsão dos mais de 30 mil milhões de euros de juros do empréstimo do FMI e EU...


Estamos não em democracia mas numa feroz ditadura do capital


É cada vez mais evidente que o retrocesso do regime democrático e a destruição do seu conteúdo, político, económico, social e cultural é o objectivo estratégico do grande capital e dos partidos da política de direita na prossecução dos seus interesses de classe...


Colossal roubo organizado aos trabalhadores e a outras camadas anti-monopolistas


...Porque é um autêntico programa de saque e extorsão da riqueza nacional, quer por via de um “empréstimo”, quer por via da imposição das privatizações e entrega ao capital estrangeiro de sectores estratégicos da economia nacional e de serviços públicos. Porque é um colossal roubo organizado aos trabalhadores e a outras camadas anti-monopolistas, cujo resultado alimenta um saco sem fundo de apoio e benesses para a banca, a favor de quem é dirigida a parte mais substancial dos milhões de Euros do hipocritamente dito “empréstimo”. Porque põe em causa a independência e a soberania nacional, colocando o nosso país sobre um ainda maior domínio das grandes potências e do grande capital, numa inaceitável lógica de crescente dependência e subordinação...


Os sacrifícios que estão a ser exigidos aos trabalhadores e ao povo não são para ajudar o país, são para ajudar a banca!


...É uma evidência que o “memorando” do pacto de agressão não resolverá os problemas do país. E há uma verdade que já não pode ser escondida: os dolorosos sacrifícios que estão a ser exigidos aos trabalhadores e ao povo não são para ajudar o país, são para ajudar a banca!
Como a situação noutros países vítimas da mesma “ajuda” o demonstra, o “memorando” apenas aprofundará a crise e a recessão económica, a dependência externa, o desemprego e a pobreza...


Precisamos de uma política patriótica e de esquerda que tenha como objectivo o desenvolvimento económico


... O país não está condenado. É necessário uma política que imponha uma efectiva renegociação da dívida, uma política patriótica e de esquerda que tenha como objectivos o desenvolvimento económico, a elevação das condições de vida, a defesa e promoção do interesse público e dos direitos dos cidadãos, a defesa e afirmação da soberania, é possível um Portugal mais desenvolvido, justo e soberano...


O texto completo pode ser visto (aqui) 





14 de Outubro de 2011


MAIS 7000 MILHÕES € DE RIQUEZA PARA OS PATRÕES, NADA PARA OS TRABALHADORES, 
CORTE DE 1.682 MILHÕES € NO RENDIMENTO DOS PENSIONISTAS E DE 952 MILHÕES € AOS TRABALHADORES DA FUNÇÃO PUBLICA, MAS OS RENDIMENTOS DO CAPITAL CONTINUAM A SER POUPADOS AOS SACRIFICIOS: eis o que Passos Coelho anunciou

Tal como sucedeu com o subsidio do Natal em que praticamente os atingidos pelo IRS extraordinário foram apenas os trabalhadores e pensionistas, que têm de pagar ainda este ano mais 800 milhões € de IRS segundo as contas do próprio governo, tendo sido poupado os rendimentos do capital (dividendos, juros, mais-valias), também agora Passos Coelho anunciou para 2012 mais medidas de austeridade em que os atingidos são outra vez os trabalhadores, os pensionistas e os aposentados. 

Novamente os rendimentos de capital (dividendos, juros e mais-valias) ficam imunes aos sacrifícios.

A sobretaxa de IRC a aplicar às empresas com lucros elevados e o novo escalão de IRS aos rendimentos mais elevados foi criada por este governo com o objectivo de enganar a opinião pública. Em primeiro lugar, os valores a obter com elas são irrisórios (menos de 100 milhões € em cada) quando comparamos com os sacrifícios que estão a ser impostos aos trabalhadores e pensionistas. Em segundo lugar, porque não atinge a principal fonte de enriquecimento dos grandes patrões, que são os rendimentos de capital, ou seja, dividendos, mais valias, juros, etc., E estes rendimentos ou continuam isentos (a maioria), ou então aqueles que pagam IRS (apenas uma pequena parcela) estão sujeitos a uma taxa liberatória de 21,5% ou ainda menos que não é aumentada.

Para os grandes patrões não são as remunerações sujeitas a IRS que, embora gigantescas quando comparadas com as recebidas pela generalidade dos trabalhadores, constituem a principal fonte da sua riqueza, já que elas representam apenas uma pequeníssima parcela quando as comparamos com os dividendos, juros, e mais valias que são recebidas através de sociedades gestoras de participações sociais (SGPS) ou de Fundos, ou que são transferidas para empresas que criaram no estrangeiro, como a Amorim Energia sediada na Holanda através da qual recebe os dividendos da GALP, e que, de acordo com a lei fiscal portuguesa (artº 14 e 51 do Código do IRS, e artº 22º, 23º, 27º e 32º do Estatuto dos Benefícios Fiscais), todos eles estão isentas de pagamento de impostos. Para além disso, os grandes patrões facilmente fogem ao escalão mais elevado de IRS: Para isso, basta que reduzam a sua remuneração (até dão um “ar” de que estão a fazer também sacrifícios) e depois recebem esse valor através de dividendos cuja esmagadora maioria continuarão isentos. 



É evidente que ao poupar novamente os rendimentos do capital, este governo, para além de mostrar o seu espírito de classe, e que interesses defende, vai aumentar ainda mais as desigualdades e a injustiça em Portugal, e as dificuldades das famílias das classes médias e de baixos rendimentos.

Para que se possa ficar com uma ideia clara da dimensão desse ataque, e dos benefícios para os patrões, vamos quantificar apenas três das medidas anunciadas por Passos Coelho: o aumento de meia hora de trabalho por dia cuja produção reverte integralmente para os patrões, o corte no subsidio de férias e de Natal aos reformados e aposentados com pensões superiores a 1000€/mês e também aos trabalhadores da Função Pública.com remunerações superiores a 1000 euros/mês.

O AUMENTO DE MEIA HORA NO HORÁRIO DE TRABALHO DIÁRIO DÁ POR ANO AOS PATRÕES MAIS 7.002 MILHÕES € DE RIQUEZA

O GOVERNO DO PSD/CDS PRETENDE FAZER MAIS UM CORTE DE 1.682 MILHÕES NOS RENDIMENTOS DOS PENSIONISTAS E DE 952 MILHÕES NOS TRABALHADORES DA FUNÇÃO PÚBLICA

Eugénio Rosa , Economista -14.10.2011, edr2@netcabo.pt

Para ver o estudo na íntegra clique (aqui).
12 de Outubro de 2011







Indignados preparam ocupação da Praça da Bolsa de Londres
 Ocupar "pacificamente" a praça da Bolsa de Londres é o objectivo do protesto de 15 de Outubro na capital britânica, que pretende assim reproduzir o movimento em Wall Street, no centro financeiro de Nova Iorque.

Os organizadores querem instalar-se com tendas e cartazes no núcleo da City e "desafiar o poder detido pelo sector financeiro e o sistema que o regula e que estão a falhar em relação aos interesses das pessoas por todo o Reino Unido".

O local escolhido foi a Paternoster Square, junto à catedral de São Paulo, onde o Banco Espírito Santo tem escritórios, e onde a Bolsa de Londres se instalou em 2004.

Além do Ocupem Wall Street, nos EUA, o protesto é inspirado por outros movimentos em outras partes do mundo, nomeadamente pelos "indignados" em Espanha, as greves e protestos dos estudantes e trabalhadores na Grécia e os levantamentos populares no Médio Oriente, assim como a manifestação de 12 Março em Lisboa.


A principal semelhança está no modelo de assembleias públicas: Tomar decisões por se considerar que é uma forma de democracia direta e por criar um espaço para debate a quem queira intervir.


A primeira assembleia geral decorreu no domingo, durante uma acção de protesto contra as reformas do governo na Saúde na ponte de Westminster, perto do Parlamento.


Parar a agressão à Líbia


O Conselho Português para a Paz e Cooperação condena o massacre que há semanas está a ser perpetrado pela NATO e pelo CNT contra a população de Sirte e de outras cidades da Líbia.
Para além dos violentos bombardeamentos aéreos e terrestres que já provocaram inúmeras vítimas e o êxodo em massa da população em fuga dos bombardeamentos «humanitários», que não poupam hospitais e bairros residenciais, o brutal bloqueio à cidade está a intensificar-se provocando carências extremas de medicamentos, alimentos e água. É a própria imprensa internacional, que silenciou os massacres cometidos pela NATO ao longo dos últimos meses, a ser obrigada a reconhecer que Sirte enfrenta um verdadeiro desastre humanitário.




A guerra na Líbia, ao contrário do que foi apresentado pelas grandes potências e os média ocidentais, não tem nada a ver com uma suposta «defesa dos direitos humanos» ou dos «civis», como aliás provam os massacres de Sirte, precisamente contra civis líbios, os mesmos que a NATO diz querer «defender».
Como o CPPC há muito vem afirmando, a intervenção militar na Líbia é mais uma guerra pelo controlo dos recursos, semelhante às perpetradas contra os povos do Afeganistão e do Iraque. Uma guerra levada a cabo pelas grandes potências ocidentais, as mesmas que apoiaram até ao fim os regimes de Mubarak, no Egipto, e Ben Ali, na Tunísia, e que agora condicionam estes processos, procurando evitar que ali se desenvolvam autênticas revoluções patrióticas; são as mesmas que inviabilizam a criação do Estado da Palestina e que apoiam activamente Israel a prosseguir a ocupação; são ainda as mesmas que promovem a desestabilização interna da Síria, antiga adversária dos objectivos imperialistas dos EUA na região.
Os massacres da NATO em Sirte ou em Tripoli, como todos os que cometeu contra o povo líbio ao longo dos últimos meses, tornam ainda mais urgente a exigência de uma solução pacífica e negociada para o conflito líbio, sem interferências ou ingerências externas – nem mesmo do Secretário-geral das Nações Unidas.




O CPPC exige o fim dos bombardeamentos e do bloqueio a Sirte e a outras cidades líbias; a retirada imediata da NATO daquele país africano; a resolução pacífica e negociada do conflito pelo povo líbio.
O CPPC reclama ainda do Governo português que, em consonância com a letra e o espírito da Constituição da República (que está obrigado a cumprir) se bata por estas exigências nas instâncias internacionais em que participam, ao invés do seu apoio à agressão da NATO e à subversão do direito internacional, demonstrando ser cúmplice de um autêntico genocídio e de mais um atentado contra o direito internacional e o inalienável direito dos povos à sua autodeterminação.





11 de Outubro de 2011



Em Washington preparam-se grandes manifestações para dia 15

Em Portugal a nossa comunicação dita social não se mostra "interessada" em aprofundar os problemas do capitalismo e muito menos revelar as movimentações de indignação que se ampliam em todo o mundo. 

Contudo o mundo, gira e avança. Estão já concentrados em mais de 300 cidades dos EUA, como Seattle, Los Angeles, Houston, Dallas, Filadelfia, Chicago, Boston,  muitos manifestantes que decidiram ocupar as ruas como em Wall Street.   Os motivos da indiganação são o desemprego e a injustiça na distribuição da riqueza e ainda os que protestam contra a Guerra, em especial a do Afeganistão e pelos direitos civis. 



As suas armas são, sacos de dormir, cartazes, comida e agua nas mochilas. Na Praça Freedom, junto à Casa Branca estão já concentrados milhares de manifestantes, preparados para enfrentar a repressão policial. 
"O sistema está completamente corrupto, queremos acabar com as guerras e utilizar esse dinheiro para fomentar o emprego, a protecção ambiental e programas sociais" disse Lisa Simeone, uma das líderes do movimento local Stop the Machine. "Não queremos ser ricos, queremos viver com dignidade e que o dinheiro dos contribuintes seja bem gasto, na saúde e na educação. Em Wall Street os titãs das corporações nadam em dinheiro!"

Não têm prazo para o fim da sua luta apesar da autorização para permanecerem na Praça Freedom expirar no Domingo.
Até hoje Stop the Machine contava com 5 mil pessoas que se comprometeram a participar neste evento, porém esperavam superar amplamente este número.

É uma indignação com várias causas.“Como não haver futuro para os meus netos. As corporações estão roubando tudo, destruindo o planeta, mandam no governo, na nossa democracia, a menos que sejas um millonario não tens voz. É tempo de afastar as corporações das nossas vidas", insistio Vicky Rider, do grupo “Avós Indignadas”, que viajou de Carolina do Norte.






Declaração da Conferência europeia contra a austeridade e a privatização


Após um dia de intenso debate, análise e planeamento para a cooperação e a acção, a Conferência Europeia contra a austeridade e a privatização ouviu o secretário da Coligação de Resistência, Andrew Burgin, propor a seguinte Declaração, em nome do Comité Preparatório Europeu. A Declaração foi unanimemente aprovada pela Conferência, à qual compareceram mais de 600 pessoas.


Era mais do que tempo para esta conferência europeia. 


Os povos da Europa enfrentam uma crise social, política e económica sem precedentes. 


Nossos governos estão a implementar os mais selvagens cortes de despesas destinados a destruir todos os ganhos sociais do período posterior à guerra. Isto arruinará as vidas de milhões ao devastar empregos, pagamentos, pensões, saúde, educação e outros serviços. 
(...)
Enquanto o povo comum enfrenta grandes dificuldades, milhões de milhões de euros estão a ser despejados nos bolsos dos ricos. Nunca houve uma disparidade maior de riqueza entre o capital e o trabalho – entre ricos e pobres. 
(...)
Portanto apoiamos a resistência dos sindicatos através de greves e outras formas de acção industrial. Dizemos não a guerras imperialistas e à sua drenagem infindável de recursos e dizemos sim ao bem-estar social, paz e justiça. 
(...)
O caminho em frente depende tanto da resistência como da elaboração e promoção de uma estratégia económica alternativa: os bancos devem ser colocados sob controle democrático. Bancos privados devem ser socializados e os mercados financeiros regulamentados. (...) Deve-se renunciar à dívida ilegítima. Os credores devem ser considerados responsáveis. Nós não pagaremos pela sua crise. 
(...)
Prometemos apoiar 
-as mobilizações dos Indignados em 15 de Outubro, 
-as acções contra a dívida e Instituições Financeiras Internacionais de 8 a 16 de Outubro e,
as acções contra a cimeira do G20, em Nice, no mês de Novembro. 


O original encontra-se em http://www.europeagainstausterity.org/10/european-conference-declaration/ 


Esta declaração encontra-se em http://resistir.info/ .





10 de Outubro de 2011




Do Diário.info recortei estas partes de um texto de Miguel Urbano Rodrigues. Assunto que os nossos jornais e televisão parecem ter receio de abordar.


Os protestos de Wall Street e as lutas em Portugal
Miguel Urbano Rodrigues
10.Out.11




Nos últimos dias os protestos de Wall Street foram tema de manchetes em influentes media internacionais.


Em Washington o governo tenta desvalorizar o significado das manifestações que principiaram com a ocupação por um grupo de «indignados» da rua da Bolsa de Nova York, símbolo do poder do capital.


Mas o que parecia ser a iniciativa inofensiva de um punhado de jovens assumiu rapidamente as proporções de um protesto de dimensões nacionais.


A brutal repressão que no dia 1 Outubro atingiu os jovens que avançavam para Wall Street- mais de 700 prisões e espancamentos – suscitou uma vaga de indignação e gerou solidariedades inesperadas. O movimento alastrou a outras cidades e assumiu um carácter diferente, de contestação ao sistema responsável pela actual crise mundial.


É oportuno lembrar que no inicio dos ano 70 do século passado foram os protestos torrenciais da juventude estadounidense contra a guerra que forçaram Nixon a negociar com Hanoi a retirada dos EUA do Vietname...
(hoje) A repulsa crescente do povo americano pelas guerras neocoloniais do Iraque, do Afeganistão e da Líbia está a evoluir nos EUA para uma atitude de protesto contra o sistema do qual Wall Street, como vitrina do capital, é o símbolo.


Num dos desfiles uma estudante exibia um cartaz expressivo: «Ninguém é mais completamente escravizado do que aquele que acredita falsamente ser livre» -Goethe.
Noam Chomsky, Michael Moore e outras personalidades progressistas de prestígio internacional deslocaram-se a Wall Street e escreveram artigos apoiando o protesto.
A Casa Branca tem motivos para estar preocupada. Num país onde as fortunas de 400 multimilionários excedem os bens, somados, de metade da população - como lembra Michael Moore - as palavras de ordem dos manifestantes são agora mais radicais. Muitos passam da crítica ao sistema e da responsabilização dos banqueiros e especuladores à condenação do capitalismo.


QUE LIÇÕES PARA PORTUGAL?


Os media portugueses ditos de referência têm dedicado pouca atenção aos acontecimentos da Wall Street.


Para as forças progressistas, eles constituem, porém, tema de reflexão. Um dos seus ensinamentos é a demonstração inesperada de que no maior baluarte do capitalismo tem sido possível contestar o sistema nas ruas de forma permanente há mais de três semanas.


As manifestações de Lisboa e do Porto levaram o pânico ao grande capital. É significativo que a PSP tenha sem demora divulgado um comunicado no qual prevê que a contestação social às medidas do memorando da troika desemboque em «tumultos» e actos de violência «semelhantes aos do PREC».


Esse berro reaccionário vale por uma certeza: o aparelho repressivo do Estado, imitando o grego, prepara-se para infiltrar provocadores em protestos massivos que traduzam o descontentamento popular perante as calamidades que atingem o País. Alguns jornais antecipam-se, sugerindo que o PCP pode eventualmente surgir ligado a esses futuros «tumultos», não obstante ser do domínio público que o Partido Comunista sempre condenou a violência irracional (saque de lojas, incêndios, queima de automóveis e edifícios, etc).


A intenção de intimidar os trabalhadores que transparece no comunicado policial tem por complemento o slogan largamente difundido de que somos um povo diferente, de brandos costumes, que abomina a violência social.


Esse discurso e a linguagem usada ocultam mal o propósito de misturar alhos com bugalhos. Os tumultos, os saques, a destruição de edifícios não podem ser confundidos com acções legítimas de violência social. O abismo entre a violência irracional e a violência social é tamanho que até um destacado político de direita como Pacheco Pereira reconhece essa evidência em crónica publicada no jornal «Publico» (8.10.11) em que denuncia a especulação de governantes sobre «tumultos hipotéticos».


Chamo a atenção para o facto porque a luta de massas tende a radicalizar-se em Portugal como resposta defensiva inevitável a uma politica criminosa.


A anunciada semana de luta programada pela CGTP vai trazer algumas respostas a questões teóricas e praticas que condicionam o futuro do povo português.


Repito: os acontecimentos de Wall Street confirmam que o grande capital que controla o sistema de exploração responsável pela crise está preparado para absorver e neutralizar os protestos isolados, mas quando estes se tornam permanentes e assumem um carácter massivo, entra em pânico. O gigante tem pés de barro.


Vale a pena ler o texto integral publicado em: http://www.odiario.info/?p=2235 Para isso pode clicar (aqui).







9 de Outubro de 2011


Assinalaram-se na passada sexta-feira, 10 anos do início da agressão e ocupação do Afeganistão por parte dos EUA e da NATO. São dez anos de sangrenta e injustificável barbárie contra o povo afegão, que já causou dezenas de milhares de mortos e feridos e milhões de deslocados.



Ocorrida na sequência dos ataques de 11 de Setembro de 2001 a Nova Iorque e sob o pretexto de «combater o terrorismo», a agressão e ocupação do Afeganistão iniciou uma década em que o imperialismo, com destaque para os EUA, em conivência ou em aliança com outras potências e com a participação formal da NATO, elevou significativamente a sua agressividade e militarização, levando a cabo uma série brutal de ataques, invasões e ocupações em países soberanos, como o Iraque ou, mais recentemente, a Líbia – com o seu rol de centenas de milhar de mortos e estropiados e da degradação das condições de vida de milhões de seres humanos – numa estratégia de domínio global, de controlo de rotas e de recursos naturais, com destaque para os energéticos. Procurando assim, através da guerra e da usurpação da soberania e de recursos de outros povos, iludir ou encontrar uma (falsa) «saída» para a profunda crise em que se encontra e para a qual arrasta o mundo.

Mas apesar de todos os seus esforços, longe de terem conseguido estabilizar a situação militar no terreno, as forças ocupantes no Afeganistão, que deveriam começar a retirada ao fim de uma década, anunciam agora a permanência por um período muito mais dilatado de tempo, num país destroçado, num contexto regional agravado e perante um futuro incerto.
De 2001 a 2011 assistimos a um novo recrudescimento da militarização das relações internacionais e da corrida aos armamentos protagonizada pelos EUA e seus aliados, que juntos representam mais de dois terços das despesas militares de todo o mundo. Agressão após agressão, renovam-se as ameaças de ingerência e agressão, como as que pairam sobre a Síria.
Assinalar cerca de 3650 dias de guerra no Afeganistão é denunciar e condenar a brutal violação de direitos humanos, a criação de autênticos campos de concentração, a prática da tortura, o sequestro e as prisões ilegais e secretas, a profusão de medidas atentatórias das liberdades e garantias dos cidadãos, o propagar do racismo, da intolerância e da xenofobia.
Assinalar os 10 anos de guerra no Afeganistão é denunciar e condenar a participação de Portugal na agressão e subsequentes missões na ocupação desse país, sinal de uma política externa subserviente aos interesses das grandes potências, dos EUA e da NATO, que de todo não está ao serviço dos interesses dos portugueses, bem pelo contrário, nem em consonância com a Constituição da República Portuguesa nem com a Carta das Nações Unidas.
É uma evidência para todos os amantes da paz que se impõe travar esta espiral de guerra e destruição que ameaça todo a humanidade. Por isso, assinalar uma década de guerra no Afeganistão é acima de tudo reafirmar a necessidade de lutar pela paz. A guerra não trouxe uma melhor vida, nem maior segurança para os povos. É tempo de afirmarmos uma vez mais a nossa profunda convicção que a luta dos povos pela paz é necessária, e que é dela que surgirá um mundo mais justo e fraterno.
7 de Outubro de 2011
Conselho Português para a Paz e Cooperação






27 de Setembro de 2011


Com o Título:



A matança Líbia





O Diario.info publica a seguinte nota dos editores:



A palavra vândalos recorda uma horda guerreira que, segundo os historiadores da época, destruiu na Europa tudo por onde passava.
Transcorridos 1500 anos, um sistema de poder imperial hegemonizado pelos EUA vandaliza na África do Norte um enorme território (1 760 OOO Km2) escassamente povoado (6 milhões de habitantes). Arrasa infra-estruturas, pulveriza bairros inteiros, chacina os moradores, destrói tudo, excepto as instalações petrolíferas.
A execução do projecto criminoso principiou em Fevereiro com o «levantamento» de Benghazi, concebido com antecedência e comandado por tropas de elite da Grã-bretanha e agentes dos serviços secretos britânicos, da CIA e da Mosad israelense.
O plano previa uma vitoria rápida. Mas bombas da NATO continuam a explodir sobre o solo líbio transcorrido meio ano já. A agressão armada a esse pequeno povo configura uma violação indisfarçável da Resolução do Conselho de Segurança (imposta pelos EUA, França e Grã Bretanha) que criou a chamada «zona de exclusão aérea».
Em Agosto, os agressores, quando os «rebeldes» entraram em Tripoli, festejaram a fim da «guerra de libertação» e «a vitória da democracia».
Mentiram. A resistência do povo líbio prossegue em Sirte, Beni Walid, Gadhames, Sebhah, nos oásis do Fezão. Mesmo na capital a resistência aos invasores aumenta, tal como também em bairros de Benghasi, Misrata, Brega e outras cidades. E os aviões da NATO, que prolongou “por mais três meses” o seu falso mandato, bombardeiam diariamente as forças do governo legítimo quando estas põem em debandada a tropa fandanga do CNT.
Kadhafi, segundo a troika imperialista, permanece aliás na Líbia e dirige a resistência.
A ocultação da realidade não tem o poder de transformar em epopeia libertadora a agressão ao povo líbio, elogiada pelo Presidente Obama no discurso que pronunciou na Assembleia-geral da ONU como modelo exemplar de futuras cruzadas dos EUA.
É tempo de todos tomarem consciência de que na guerra líbia está espelhada a barbárie imperialista contemporânea.
Os Editores de odiario.info




21 de Setembro de 2011


Homenagem a Jaime Gralheiro




A Comissão Organizadora da Homenagem a Jaime Gralheiro, considerou a iniciativa realizada no Sábado passado, em S. Pedro do Sul, "um verdadeiro e retumbante sucesso".


Em comunicado reconhece que foi em boa hora que o PCP (DORViseu) e CICLafões, realizou a Homenagem devida e merecida ao Cidadão empenhado, ao Artista profícuo, ao Advogado de causas e ao Democrata de convicções, que Jaime Gralheiro sempre foi.


O Cine-Teatro de S. Pedro do Sul ficou completamente cheio. Sampedrenses, lafonenses, amigos, colegas e camaradas, gente de outras origens, ilustres desconhecidos e conhecidos, instituições (Ordem dos Advogados, Associação Ateísta de Portugal, a Câmara Municipal de S. Pedro do Sul e de Vouzela, a União Desportiva Sampedrense, a Associação José Afonso e o Cénico Grupo de Teatro Popular), ali quiseram estar e partilhar esse momento de enorme alegria.   


O Grupo de Cantares de Manhouce, o Cénico - Grupo de Teatro Popular, o Alafum e o grupo Vozes de Manhouce, com Isabel Silvestre, presentearam-nos com actuações brilhantes. Notáveis foram, também, as intervenções de Licínio Nazaré, José de Oliveira Barata, António Bica e Ruben de Carvalho. Tudo isto temperado pela mestria da apresentação de Mário Augusto.


Foram quase 4 horas ininterruptas de belíssimos momentos de expressão artística e de saber. Exaltante foi aquele momento em que o grupo juvenil Vozes de Manhouce cantou os temas "Acordai" e "Não fiques para trás ó companheiro", poemas de José Gomes Ferreira e de Carlos Oliveira, musicados por  Fernando Lopes Graça. 


António Bica, enviou-me as notas que leu e que aqui sintetizo, por revelarem um periodo histórico que é preciso não esquecer, "entre pouco depois de meados da década de 1960 e o 25 de Abril, durante quase 10 anos, o Jaime Gralheiro com outros em Lafões, em verdade não muitos, procuravam com o reduzido número dos inconformados do país mudar para melhor as condições políticas, sociais, culturais e económicas...".
"O que faziam não era muito, mas, juntos, com o impulso da evolução histórica, as consequências da desastrosa guerra colonial, o desenvolvimento económico do mundo sequente ao acelerar das novas tecnologias, a fuga para lá dos Pirinéus de muitas centenas de milhares de cidadãos entre os 20 e os 40 anos à procura de melhores condições de vida, a saída por acidente de Salazar do poder em 1968, procurámos ajudar ao avanço para as grandes mudanças políticas, económicas e sociais decorrentes do 25 de Abril de 1974".


"As condições de vida em Portugal enquanto Salazar se manteve no poder não eram boas". 
"O ensino público, além do primário, só nas capitais de distrito era ministrado e em poucas mais cidades. Aos filhos dos que nelas não viviam estava vedada a sua frequência a não ser que a família dispusesse de meios para isso, mesmo que com sacrifício".
"Todos os actos médicos e os medicamentos tinham que ser pagos. Os municípios, não o Estado, só asseguravam o pagamento deles aos que estivessem em condições de obter um certificado de indigência. A regra, quanto a saúde, entre a generalidade da população não abastada, era, quando adoecia, esperar que com caldos e chás o corpo se livrasse da doença. Só em casos extremos ia ao médico". 
"Com excepção dos funcionários públicos, poucos mais tinham direito a reforma. Quando se deixava de poder trabalhar, vivia-se do amparo dos filhos ou de outros familiares. Os que não tinham ninguém ou os familiares eram muito pobres corriam a região a pedir pelas portas. Quando fui criado, pelos anos de 1940 e 1950, todos os dias batiam à porta das casas da minha aldeia e das outras pobres a pedir. Era a reforma que tinham. Para não incomodarem os que viviam nas vilas, como andavam descalços, era proibido andar nelas sem calçado".
"Um reduzido grupo de donos de bancos, da maior indústria e de grandes interesses comerciais, nomeadamente nas colónias, controlava a economia do país e sustentava o regime político". 
"Quanto a liberdades vivia-se em Portugal tutelado pelo aparelho político e policial salazarista. Nenhum jornal se podia publicar nem escolher o seu director sem autorização prévia do governo. O que nele se publicasse tinha que ir a censura. Uma peça de teatro que se quisesse encenar tinha que passar também por ela. Se se publicasse um livro e a edição não agradasse ao regime era apreendido sem indemnização. As associações para fins culturais, de defesa de direitos profissionais, mesmo económicas como as cooperativas agrícolas estavam sujeitas a autorizações e outras interferências do governo". "Todas as tentativas de associação, mesmo informais, que o regime suspeitasse visarem a discussão de interesses gerais dos cidadãos  eram reprimidas".
"A Pide mantinha os cidadãos sob vigilância, pagando a vasta rede de informadores (os bufos) e era apoiada pelas informações das polícias, dos presidentes das Câmaras e até de alguns padres, que davam notícia do que lhes parecia ser actividade não conforme com o regime político, especialmente sobre os cidadãos considerados da “oposição”.
"A actividade política contra o salazarismo era ferozmente reprimida. Os cidadãos não podiam manifestar discordância das políticas do governo por qualquer forma (escrito,  manifestação pública pacífica e qualquer outra). Se o fizessem podiam ser presos, julgados por isso e demitidos de emprego público que tivessem como aconteceu a muitos dos melhores professores do país e outros funcionários".
"Não podiam ser providos em empregos públicos sem prévia informação não discordante da Pide. Podiam ser presos e mantidos sob prisão durante anos sem julgamento. Se fossem apresentados a tribunal pela Pide eram condenados, sendo julgamento feito em tribunais especiais para que o regime nomeava juízes que lhe davam garantia de condenar os acusados". 
"Até ao fim da segunda grande guerra o julgamento corria em tribunais militares. Depois, para fazer esquecer o empenhado apoio de Salazar aos regimes fascistas europeus, Alemanha e Itália, vencidos na guerra em 1945, ano em que decretou 3 dias de luto pelo suicídio de Hitler, passou o regime a simular a eleição dos deputados à chamada Assembleia Nacional, acabou com o campo de concentração do Tarrafal em Cabo Verde e criou tribunais especiais sem farda militar, mas sujeitos ao seu comando político, os tribunais plenários que julgavam, como se referiu, em estreita coordenação com a Pide".
"As condenações nesses tribunais, sempre a penas de prisão, tinham a particularidade, ao arrepio da generalidade dos sistemas penais, de serem prorrogáveis sem limite e sem novo julgamento pelos mesmos tribunais (...)"
"Os que, como Jaime Gralheiro, se não conformavam em Lafões com a opressão política do Estado Novo e o atraso social e económico de Portugal, lutavam como podiam, procurando evitar quanto possível a prisão, para que a organização política do país viesse a assentar na legitimação do poder nacional e do autárquico pelo voto periódico de todos os cidadãos, com liberdade de opinião, de expressão dela por todos os meios, de associação e de manifestação pacífica, que são indispensáveis para os cidadãos poderem exprimir-se comunicando uns com os outros, formando opinião sobre os assuntos públicos, a forma de governo que querem e quem deve exercer o poder por tempo limitado". 
"Esta era a frente principal de luta, que é indispensável que as condições de organização política de um país assegurem aos cidadãos as liberdades fundamentais para esclarecidamente escolherem a organização política por que optam e os governantes para exercer o poder por tempo limitado, serem culturalmente criativos e economicamente activos, que do desenvolvimento da economia de uma sociedade resulta o seu progresso".
António Bica relatou ainda o periodo marcelista que sucedeu a Salazar, que apesar da sua "evolução na continuidade" não acabou com os instrumentos de repressão política (a Pide, a União Nacional, a Legião, os tribunais plenários, a censura, a prorrogação sem limite das sentenças de prisão), mas abrandou um pouco os métodos repressivos, o que permitiu a intensificação e o alargamento da acção política da oposição ao regime em todo o país, e também em Lafões.
"O Cénico, encabeçado por Jaime Gralheiro, desenvolveu notável actividade teatral e mobilizou bom número de jovens em S. Pedro do Sul". Falou das lutas dos agricultores, pela devolução dos baldios aos povos, em que se destacou Jaime Gralheiro no patrocínio de acções judiciais e em edições comentadas da lei dos baldios, já após o 25 de Abril de 1974. 
Foram referidos episódios como "um acampamento de jovens progressistas em Lafões que queriam conhecer as condições de vida nos campos da nossa região", e o "apoio, com empenhada participação do Jaime Gralheiro, aos musicólogos Giacometi e Lopes Graça no notável trabalho de recolha em Lafões da sua música popular de grande qualidade", "na luta política e na cultural". Jaime Gralheiro "desenvolveu com grupo notável de jovens sampedrenses relevante acção de criação cultural, escrevendo teatro e levando-o à cena em luta difícil contra a censura e outros entraves. Jaime Gralheiro recentemente escreveu o livro “A Caminho do Nunca” onde aflora um pouco dessa actividade em Lafões". 
António Bica, terminou a narrativa, ilustrando casos de luta política que partilhou com Jaime Gralheiro na defesa do direito do povo de uma das aldeias de Paços de Vilharigues (Vouzela). 


Os mais interessados, poderão ver esta comunicação na integra clicando (aqui).


Gostaria de ter tido acesso a outras intervenções certamente também muito interessantes de Licínio Nazaré, José de Oliveira Barata, Ruben de Carvalho e Carlos Carvalhas, mas não as consegui ainda.


Mais informações podem ser vistas (aqui).








20 de Setembro de 2011 | 12:24

(do Diário Digital)

Kadhafi diz que seu regime ainda vive e é baseado no povo

Muammar Kadhafi, considerou a atual situação no país de «farsa» e pediu à população que não acredite na queda do regime numa mensagem de áudio hoje divulgada.
Na gravação transmitida pela rede de televisão síria Arrai, acrescentou que os aviões da NATO, não poderiam continuar as operações na Líbia. Segundo Kadhafi, a sua liderança foi estabelecida com base na vontade do povo e não pode ser retirada.


«O que acontece na Líbia é uma farsa que só é possível graças aos bombardeamentos aéreos, que não vão durar para sempre», disse.


«O sistema político na Líbia é um sistema baseado no poder do povo. É impossível que esse sistema seja removido», afirmou. 






12 de Setembro de 2011


Crise? Para quem?


Do Jornal de Negócios retirei esta notícia:
Porsche regista Agosto recorde de vendas



“Estou convencido de que estes resultados nos apontam uma plataforma estável para implementarmos a nossa estratégia 2018. O novo Porsche 911 Carrera, que celebra a sua apresentação mundial no Salão Automóvel de Frankfurt, está destinado a clientes novos e actuais”, revelou Bernhard Maier.

Nos primeiros oito meses do exercício deste ano fiscal a multinacional alemã comercializou um total de 80.412 unidades em todo o mundo, o que representa um aumento de 30,1% face ao período homólogo do ano anterior.

Mesmo considerando os modelos mais baratos temos que considerar valores acima dos 100.000 euros para estes carrinhos, o que mostra as dificuldades que têm os "trabalhadores" nas suas deslocações diárias para o trabalho.


Ver notícia completa em:
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=505553 






27 de Agosto de 2011




NÃO HÁ ALEGRIA E SIM TERROR 
NÃO HÁ LIBERDADE E SIM OCUPAÇÃO ESTRANGEIRA 

A agressão imperialista contra a Líbia consumou-se com a tomada de Tripoli. 
Os bandos de "rebeldes" do Conselho Nacional de Transição, arvorando a bandeira da defunta monarquia líbia, serviram apenas como encobrimento da intervenção activa da NATO. Os seus bombardeamentos selvagens contra alvos civis e os seus helicópteros artilhados é que decidiram esta guerra não declarada. 
Milhares de líbios morreram sob a agressão da NATO, mandatada pela ONU para "salvar vidas". Registe-se a bravura e coragem do governo Kadafi, que aguentou durante seis meses uma guerra impiedosa promovida pelas maiores potências do planeta. A ficção de que se tratava de uma guerra "civil" foi completamente desmentida pelos factos. Foram precisos 8000 raids de caças-bombardeiros da NATO para decidir esta guerra neocolonial. 
O futuro próximo da Líbia é negro. As suas reservas monetárias e financeiras – depositadas em bancos ocidentais – foram roubadas pelas potências imperiais (tal como aconteceu com as do Iraque). E os abutres vão agora à caça dos despojos, à repartição do botim, aos contratos polpudos. Os bandos do CNT, uma vez findo o enquadramento de mercenários, podem começar digladiar-se entre si. 
A desinformação sobre a Líbia foi e é gritante em todos os media ditos "de referência". Eles foram coniventes activos da agressão imperialista contra o povo líbio. Hoje, a generalidade dos media já não serve para o esclarecimento e sim para o encobrimento e a mistificação.


Artigo de http://resistir.info/




Solidariedade para com o povo Líbio


O Partido Comunista Brasileiro (PCB) manifesta sua indignação militante e condena com veemência a ocupação da Líbia pelas tropas da OTAN, travestida de proteção à população do País e apoio humanitário. Trata-se de uma das mais vergonhosas intervenções do imperialismo numa nação soberana, o que demonstra que, diante da crise sistêmica global, a bestialidade e a ganância imperiais não têm mais limites. O PCB também manifesta a sua solidariedade aos combatentes e milicianos líbios que estão enfrentando heroicamente a maior máquina militar do planeta.




20 de Agosto de 2011


Em visita à Líbia, o deputado brasileiro Protógenes Queiroz revela que o apoio popular ao presidente Muamar Kadafi é enorme



Pelo que percebo a maior parte do povo líbio está com Kadafi. Inclusive as mulheres estão armadas e participando do enfrentamento contra as forças rebeldes da CNT (Comitê Nacional de Transição), força que de forma desorganizada está combatendo o governo atual com o forte apoio da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), que sabidamente tem interesses econômicos e políticos na sua intervenção. Trípoli é bombardeada todas as noites e alvos civis estão sendo atingidos.


Na Líbia, 90% da população têm casa própria, automóvel, saúde e educação pública. O país está em pleno desenvolvimento e o mais interessante é que não existia violência antes de começarem os ataques da Otan. O absurdo é que os mesmo ataques, que geram a violência, tem em sua justificativa a manutenção da paz.


Pelas informações que obtive, o regime de Kadafi ... está disposto a construir uma proposta de paz com a elaboração de um plebiscito para que o povo decida qual regime quer na liderança do país. 


Entendo que o plebiscito é a melhor saída para este momento triste da história da Líbia, desde que a negociação seja articulada entre as duas forças e não haja intervenção internacional como a que ocorre atualmente, que incentiva a violência e atos de terror. O povo líbio não merece este tratamento violento e desumano.


artigo em http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=161864&id_secao=9

19 de Agosto de 2011


Ainda sobre Nouriel Roubini


Igualmente interessante é a entrevista do mago das Finanças, Nouriel Roubini, ao Wall Street Journal. Roubini, conhecido pela proeza de ter previsto a crise que arrancou em 2008, conclui que com o cenário de crise que está em cima da mesa, afinal de contas Karl Marx tinha razão: "A certa altura o capitalismo pode auto-destruir-se". "Julgávamos que os mercados funcionavam, mas não funcionam. E o que, em termos individuais é racional - cada empresa sobreviver cortando os custos do trabalho [torna-se irracional] - mas menos custos de trabalho transformam-se em menos rendimento e em menos consumo para outros". E Roubini invoca o paradoxo keynesiano, cujas "atrocidades" foram denunciadas pelos economistas liberais da moda. "Se não se cria emprego, não há suficiente consumo, logo não há procura". Ora, "se toda a gente gasta menos e poupa mais no sector privado e público, temos o paradoxo keynesiano". Ou seja, se toda a Europa decidir ao mesmo tempo avançar com programas de austeridade toda a gente está a poupar e ninguém gasta: nenhum europeu vai estar disponível para comprar as nossas desejadas exportações, de onde nos pode vir algum alívio. Nenhum espanhol, nenhum italiano, nenhum britânico, nenhum grego, nenhum irlandês vai querer comprar os nossos sapatos (para apontar uma indústria que ainda está em expansão).

Existem soluções, não há é nenhuma vontade política de dar a volta ao texto - nem na Europa nem nos Estados Unidos, nem em sítio nenhum. Mas quando um multi-milionário grita contra o poder por proteger os multimilionários é porque chegámos, se calhar, a um exagero. Até Berlusconni, que não é de esquerda, já percebeu qualquer coisa.


16 de Agosto de 2011


Do Blog Antreus, de António Abreu, retirei esta confissão:



"Marx tinha razão. A certa altura o Capitalismo pode destruir-se a si próprio", diz hoje em entrevista ao Wall Street Journal, Nouriel Roubini





6 de Agosto de 2011


Hiroshima e Nagazaki há 66 anos


Da enciclopédia Wikileaks, recortei o seguinte trecho para recordar uma das muitas grandes barbaridades dos EUA:


"Os Bombardeamentos de Hiroshima e Nagasaki foram ataques nucleares ocorridos no final da Segunda Guerra Mundial contra o Império do Japão realizados pela Força Aérea dos Estados Unidos da América na ordem do presidente americano Harry S. Truman nos dias 6 de agosto e 9 de agosto de 1945.[1] Após seis meses de intenso bombardeio em 67 outras cidades japonesas, a bomba atômica "Little Boy" caiu sobre Hiroshima numa segunda-feira.[2] Três dias depois, no dia 9, a "Fat Man" caiu sobre Nagasaki. Historicamente, estes são até agora os únicos ataques onde se utilizaram armas nucleares.[3] As estimativas, do primeiro massacre por armas de destruição maciça, sobre uma população civil, apontam para um número total de mortos a variar entre 140 mil em Hiroshima e 80 mil em Nagasaki,[4] sendo algumas estimativas consideravelmente mais elevadas quando são contabilizadas as mortes posteriores devido à exposição à radiação.[5]".


Ver ainda:
http://anonimosecxxi.blogspot.com/2011/08/ha-66-anos-hiroshima-e-nagasaki.html


http://samuel-cantigueiro.blogspot.com/


http://cravodeabril.blogspot.com/


http://ocastendo.blogs.sapo.pt/1220014.html








Os custos das guerras


De um artigo transcrito por Resistir.info, retirei esta infrormação de Michael Hudson (*), que é um exemplo típico de duas facetas de uma política do imperialismo - fase superior do capitalismo, de predomínio financeiro - e que tem sempre por objectivo o domínio dos ricos, cada vez mais ricos, à custa dos povos.
"O presente aumento da dívida do Tesouro dos EUA resulta de duas formas de guerra. Primeiro, a claramente militar Guerra do Petróleo no Médio Oriente, desde o Iraque ao Afeganistão (Pipelinistão) e à Líbia rica em petróleo. Estas aventuras acabarão por custar entre US$3 e US$5 milhões de milhões (trillion). Segundo, e ainda mais caro, é a mais encoberta e ainda mais custosa guerra económica da Wall Street contra o resto da economia, exigindo que perdas de bancos e instituições financeiras sejam transferidas para o balanço do governo ("contribuintes"). Os salvamentos de "almoços gratuitos" para a Wall Street – não por coincidência, o contribuidor número um de campanhas políticas para o Congresso – custam US$13 milhões de milhões". 
[*] Ex-economista da Wall Street. Professor e investigador da Universidade de Missouri – Kansas City. Autor de Super Imperialism: The Economic Strategy of American Empire (new ed., Pluto Press , 2002) e Trade, Development and Foreign Debt: A History of Theories of Polarization v. Convergence in the World Economy. mh@michael-hudson.com 

O original encontra-se em http://www.counterpunch.org/hudson08032011.html 



30 de Julho de 2011




Povo Líbio resiste a mais de cinco meses de violentos bombardeamentos e ataques diários da NATO e da Grã-Bretanha, EUA, França e Itália, com poderosíssimos meios de guerra.

Kadafi compareceu e falou perante uma grande manifestação popular na cidade de Zawiyah. Nesta cidade o povo afastou os chamados revoltosos o que motivou que Kadafi, tivesse dito "o povo líbio adquiriu o estatuto de líder da luta contra o imperialismo e contra a tirania da época actual, face a sua grande resistência a meses de violência do inimigo".
Disse ainda que a Líbia se converteu na linha da frente da defesa da Africa.
Confirma-se o vaticínio de Fidel Castro: "Kadafi converte-se no mais popular e amado líder a enfrentar o imperialismo". 




Desesperados com a grande adesão do povo na defesa do seu país, a NATO decidiu bombardear as estações de televisão da Líbia.


28 de Julho de 2011


Quatro Perguntas ao Jornal Público


"Jornalismo" do Público!


As autoridades de Trípoli reagiram furiosamente ao reconhecimento feito ontem pelo Reino Unido do movimento rebelde como “único governo legítimo” no país, mergulhado em conflito há mais de cinco meses...

Primeira

Porque será que a reacção, que noutras circunstâncias seria normal é apelidada pelo Público de FURIOSA?

Segunda
Porque será que é considerado legítimo um governo de rebeldes que apesar de apoiados por forças poderosíssimas da NATO, EUA, GrãBretanha, França e Itália, com bombardeamentos diários e sistemáticos, com especialistas e estrategas, com fornecimento massivo de armamento, está há cinco meses sem conseguir o apoio das populações da Líbia?

Terceira


Como é que um ditador que é repudiado tem o apoio suficiente para resistir a tão poderosos ataques há cinco meses?


Quarta


Porque será que o "jornalismo" do Público teima em considerar os seus leitores de parvos?




17 de Julho de 2011


Os bons negócios!


Do Jornal A Bola, retirei esta confissão:



Presidente do Fundo Europeu diz que resgate da dívida portuguesa tem sido bom negócio


O presidente do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) considerou, este domingo, que os resgates das dívidas portuguesa e irlandesa têm sido um bom negócios para os países que lhes concederam garantias, nomeadamente para a Alemanha. 


«Até hoje, só houve ganhos para os alemães, porque recebemos da Irlanda e de Portugal juros acima dos refinanciamentos que fizemos, e a diferença reverte a favor do orçamento alemão», disse Kalus Regling, em entrevista ao Frankfurter Allgemenine Zeitung.



10 de Julho de 2011


Silêncios significativos


Quase não se ouve falar da Líbia mas os "bombardeamentos humanitários" prosseguem e com eles as mortes de inocentes.
Da edição em inglês do jornal russo Pravda, hoje uma publicação privada, são feitas, entre outras, as seguintes perguntas sobre a Líbia:
"Segundo qual resolução da ONU a NATO tem o direito de matar civis?
Por que é que a NATO matou o fillho do coronel Gaddafi, se seu mandato era impor uma zona de exclusão aérea para proteger civis? 
Por que é que a NATO bombardeou a casa de Gaddafi e matou três netos do coronel? 
Por que não houve responsabilização pelo assassínio de crianças inocentes? 
Por que não se acusam Cameron, Sarkozy ou Obama de frio assassinio de crianças? 
Por que é que a NATO tenta matar o coronel Gaddafi? 
Por que os líderes dessa carnificina mudaram de tom, passando a declará-lo alvo legítimo? 
Com que direito a NATO ataca estruturas civis, como faz no Iraque, com equipamento militar?"


24 de Junho de 2011


O que os jornais escondem


A Guerra na Líbia é sustentada nas mentiras e na prepotência da NATO. É cada vez mais claro que a intenção de invadir a Líbia nada tem a ver com a defesa do povo. O povo líbio está a sofrer e a morrer devido à tentativa desesperada de apoiar rebeldes armados pelas potências imperialistas para destruir o governo líbio e entregar o petróleo às grandes multinacionais. É a grande maioria do povo que toma nas suas mão a defesa da Líbia contra a NATO e os invasores.


Do blog Civilizacion Socialista recortei o seguinte:



Las gloriosas mujeres libias al frente de la guerra de resistencia nacional antiimperialista

El líder Gadafi ha declarado:  
"Pero aquí en Libia lo que encararán será a un millón más un millón más un millón de gente armada. Primera vez será que harán la guerra contra una población armada de hombres y mujeres dispuestos y dispuestas para la batalla.
En el pasado decíamos que los hombres defenderían a las mujeres; pero ya las mujeres se defienden solas en Libia. Ya han superado a los hombres en su calidad de defensoras de la Patria, en vocación y resistencia".

Ver o artigo completo aqui


Também no Jornal de Angola foi publicado um artigo de que extraio as seguintes passagens:


Kadhafi afirma que irá prosseguir a batalha


Trípoli - O coronel Muammar Kadhafi afirmou (...), numa mensagem sonora transmitida pela televisão líbia, citada quinta-feira pela AFP "Vamos resistir e a batalha continuará até ao fim, até atingirem os vossos objectivos. Mas nós não iremos parar", declarou Kadhafi numa homenagem ao seu companheiro, Khouildi Hmidi, que viu perder vários membros da sua família segunda-feira durante os ataques da OTAN sobre a sua residência. "Não estamos com medo. Não estamos a procura de viver ou de nos salvar", disse, denunciando uma cruzada lançada contra um país muçulmano tendo como alvo os civis e as crianças.


Segunda-feira, a OTAN efectuou um ataque aéreo em Sorman, 70 km a oeste de Trípoli, que atingiu uma residência de Khouildi Hmidi, um político influente e antigo companheiro do líder Muammar Kadhafi, causando a morte de 15 pessoas, segundo as autoridades. Vários membros da família Hmidi morreram no ataque, incluindo três crianças.


A OTAN admitiu ter realizado um "ataque de precisão" contra um "centro de comando e de controlo de alto nível".


"Com que direito voces pretendem atingir os políticos e as suas famílias?", denunciou em voz alta o coronel Kadhafi.


Afirmou que o escritório de Khouildi Hmidi em Trípoli foi bombardeado quatro vezes.


"Eles procuraram-no por ser um heroi. Quando não o encontraram no seu escritório, queriam matá-lo em sua casa", disse.


Apelou à ONU para enviar investigadores à residência bombardeada de Hmidi para verificar que é um lugar civil e não militar como diz a OTAN.


Prometeu igualmente construir um monumento, "o mais alto do Norte de África" em memória à Khaleda, neta de Hmidi de quatro anos morta no ataque, segundo as autoridades de Trípoli.
  
"Nós ficaremos, vamos resistir e não vamos nos submeter. Lutem com os vossos mísseis dois, três, dez ou cem anos", insistiu o coronel Kadhafi.




17 de Junho de 2011
Muitas perguntas e algumas respostas 


Na Página Inicial deste blog coloquei, ontem, um conjunto de perguntas.


Do Jornal "Exame Expresso" do passado dia 12 recortei o seguinte:


...a agência Fitch, veio ameaçar na quarta-feira que poderia baixar no princípio de agosto o rating dos Estados Unidos ... se se verificar qualquer default técnico ou moratória na altura do vencimento de letras do Tesouro americano no valor de 30 mil milhões de dólares a 4 de agosto, e se o assunto não for resolvido até 11 de agosto, quando há novo vencimento de dívida. Na semana anterior tinha sido a vez da Moody's Investors Service a ameaçar que procederia a uma revisão da notação dos Estados Unidos em julho se o assunto continuar no pé atual.


Este problema deriva do facto do nível máximo de endividamento federal já ter sido atingido a 16 de maio. Um conjunto de medidas extraordinárias tomadas pelo secretário do Tesouro, Tim Geithner, permitiu adiar a situação de rutura até 2 de agosto.


A dívida pública americana atingiu os 14,3 biliões de dólares. Cada cidadão americano nasce com 143 mil dólares de dívida ao pescoço desde que o cordão umbilical é cortado. O PIB americano foi de 14,7 biliões no ano passado, pelo que a dívida pública é praticamente 100% do PIB.


Mal estar económico: retoma que não retoma


Os números da economia americana continuam a desagradar. E muitos analistas e economistas falam do risco de uma recaída na recessão - double-dip na designação inglesa. O desemprego, segundo o relatório do US Bureau of Labor Statistics de 3 de junho, atingiu os 13,9 milhões de pessoas, uma taxa de desemprego de 9,1% em final de maio, em que o desemprego estrutural é de 45,1% e o desemprego entre os jovens é de 24,2%. É o mais alto desemprego estrutural desde 1969 . O número mais elevado neste período foi em janeiro de 1983 com cerca de 3 milhões - hoje são 7 milhões.
...
A economia americana vive em 70% do consumo interno e este está afetado por duas doenças: o desemprego (já referido) e a quebra brutal no valor do imobiliário detido pelas famílias americanas...


Este desapontamento ocorre em simultâneo com uma economia totalmente inundada por dinheiro quente. A base monetária dos EUA atingiu agora um recorde de 2,5 biliões de dólares (€1,75 biliões, €1750 mil milhões). Há menos de 3 anos, durante a bolha, essa base monetária era de 820 mil milhões de dólares, ou seja a intervenção monetária na economia desde a crise gerou um aumento de 300% - o que compara com os magros 44% entre 2000 e 2007.


Quem beneficiou da injeção monetária?


Para onde foi essa inundação de dinheiro? Não para a economia real. Os bancos aumentaram as suas reservas na Reserva Federal (FED) e embrenharam-se na especulação financeira uma vez mais.


Peter Cohan, em declarações ao Expresso, é muito claro sobre esta política de Bem Bernanke: "Já vimos que o efeito desta injeção de dinheiro não levou ao crescimento do emprego - as empresas estão a 'armazenar' o dinheiro nos seus balanços, os bancos usam-no para comprar títulos do Tesouro em vez de emprestar às empresas e os traders utilizam-no para especular nas commodities".


Paul Krugmam colocou os nomes nos bois na sexta-feira passada na sua coluna no The New York Times com um artigo sugestivamente intitulado: "Governados por rentiers". Rentiers é a palavra francesa, usada em economia, para os que vivem de rendas financeiras. Diz o Nobel: "Estou cada vez mais convencido de que [a paralisia das políticas transatlânticas] é uma resposta à pressão de grupos de interesse. Conscientemente ou não, os decisores estão a servir quase exclusivamente os interesses dos rentiers"...


Portanto, parece que pelo menos a pergunta, "onde está o dinheiro?" está respondida: Nos banqueiros, do capitalismo financeiro.






15 de Junho de 2011
Do Jornal de Angola:


Líbia vítima do "caos manejado"


"o Ocidente engendrou os distúrbios na Líbia, armou a chamada oposição e desencadeou no país a guerra civil, apoiando militarmente os rebeldes para combater o exército de um país soberano. Dito de outra outra forma, a Líbia tornou-se a vítima do “caos manejado”.


A Rússia apoiou de imediato o cessar-fogo e está em condições de assegurar uma zona sem vôos, segundo as cláusulas da resolução 1973, para a defesa da população civil e a salvaguarda da paz. A Alemanha continua numa política de não se comprometer com a guerra de assalto ao petróleo.
Como disse o Presidente russo D. Medvedev, as forças da coligação não têm que sair dos limites impostos pela resolução do Conselho da Segurança da ONU. Reforçando a posição do seu Presidente, o ministro da Defesa da Rússia, A. Serdiukov, afirmou que todas as operações que possam prejudicar ou prejudicam efectivamente a população civil têm que ser paradas. Mas se isso acontecer, o petróleo e o gás continuam fora do controlo das grandes potências ocidentais. Por isso, a guerra continua. E o assassinato de civis e “rebeldes” nos bombardeamentos da OTAN continua também". 


O que era a Líbia
Até Fevereiro deste ano, o rendimento per capita era 13.800 dólares, duas vezes mais do que na Ucrânia, Egipto e Argélia, e 1,5 vezes mais do que a Tunísia. 
O nível médio salarial é de 1.000 dólares. Até ao início da revolta, cada cidadão líbio recebia tudo do Estado para satisfazer as suas necessidades básicas. Transporte, energia, gás para fins domésticos e combustíveis chegavam à população a preços baixos. Todos os habitantes têm habitação gratuita. O subsídio de maternidade é de 8.000 dólares.
A Líbia ocupava o primeiro lugar entre os países africanos pelo nível da vida da população e a esperança de vida é de 77 anos. Em geral, os direitos humanos foram cumpridos melhor do que em alguns países democraticos da Europa e da Ásia.
Perante esta realidade, é justo dizer que apenas o “baixo” nível de vida da população, a falta de democracia e o “estilo” de Kadhafi na direcção do país é pouco para justificar a agressão armada das potências ocidentais.


Alguns peritos internacionais alegam que a causa principal da guerra contra a Líbia é o jazigo de petróleo líbio com um volume à volta de três mil milhões de toneladas. E o gás com 657 mil milhões de metros cúbicos. Essas riquezas estão fora do controlo das grandes potências ocidentais. Por isso, impuseram a guerra.


O caos instalou-se no país a 17 de Fevereiro, com acções antigovernamentais através do uso de armas, o que tem que ser considerado como crime organizado e, consequentemente, tratado de uma forma especial pelos instrumentos especiais do Estado. O que é que foi feito?
A comunidade internacional, sob iniciativa dos EUA, adoptou sanções contra a Líbia, que se traduziram no uso da força, através da OTAN, e no apoio aos rebeldes que pretendem derrubar o Presidente Muammar Kadhafi. Mas a mais perigosa cláusula da resolução é o direito de tomar “todas as medidas necessárias” para a defesa da população civil. 
É isso que está a ser feito?




9 de Junho de 2011


Do blog  "As palavras são armas"  recortei este trecho (clique aqui para ver o post completo) muito oportuno:


«A mediocridade é moralmente perigosa e globalmente nociva em certos momentos da história em que reina o clima da mediocridade.Épocas há em que o equilíbrio social se inclina em seu favor. O ambiente torna-se refractário a todo o anseio de perfeição; os ideais esgotam-se e a dignidade ausenta-se; os homens acomodatícios têm a sua primavera florida. Os Estados convertem-se em mediocracias; a falta de aspirações, que mantenham um alto nível moral e cultural, aumentam continuamente o lamaçal.
Embora isolados passem despercebidos, em conjunto constituem um regímen, representam um sistema especial de interesses inalteráveis. Subvertem a escala de valores morais, falseando nomes, desvirtuando conceitos; pensar é um desvario, a dignidade é irreverência, é lirismo a justiça, a sinceridade é tontice, a admiração uma imprudência, a paixão ingenuidade, a virtude uma estupidez.
Vivem da mentira, nutrem-se dela, semeiam-na, regam-na, podam-na, e colhem-na. Assim cresce um mundo de valores fictícios que favorecem o horizonte dos obtusos.»

30 de Maio de 2011



A CPPME-Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas, emitiu um Comunicado/apelo: 

SOBREVIVER, SUSTER E DESENVOLVER
  
de que recorto o seguinte:

A CPPME considera que a única saída da crise económica e social em que estamos atolados só é possível com uma dinâmica que incremente a produção interna de produtos e bens, reduza drasticamente a importação e fomente a exportação.


Para que a recuperação se concretize é necessário aliviar os custos de produção nas MPME’s (Micro, Pequenas e Médias Empresas) e regulamentar a distribuição comercial, favorecendo a produção nacional e a sua colocação no mercado.


- O fim do Pagamento Especial por Conta;


- A entrega do IVA quando efectivamente cobrado;


- A redução do IVA;


- A diminuição do IVA na restauração;


- O reembolso simplificado e célere do IVA;


- A redução da tributação autónoma de IRC;


- Fim ao licenciamento de novas grandes superfícies e mega centros comerciais;


- Encerramento do comércio ao domingo;


- Simplificação do acesso ao crédito;


- Spreads bancários com tecto máximo regulado;


- Benefícios com redução de custos às MPME’s nos consumos energéticos;


- QREN sem discriminação negativa para as Micro e Pequenas Empresas;


- Isenção de IMT na aquisição de imóveis para funcionamento próprio;


- Isenção de IMI em imóvel para funcionamento próprio, nos primeiros 5 anos após a aquisição;


- Direito a prestação social de apoio nos encerramentos forçados.


A CPPME, em pleno período eleitoral, vem lembrar que os desfavoráveis diferenciais de carga fiscal e outros existentes entre as MPME’s portuguesas e as suas congéneres, espanholas e francesas, não nos possibilitam à partida concorrer com estes, em igualdade de circunstâncias, a não ser que se pratiquem salários muito baixos que compensem os desequilíbrios nos custos, medida que a CPPME rejeita liminarmente, já que a diminuição do poder de compra leva a menor consumo interno, exacerbando, desta forma, as dificuldades para as MPME’s existentes, com consequências nefastas para os portugueses.


Cumpra o seu dever cívico votando.
(Para ver o comunicado completo Clique aqui).




27 de Maio de 2011
  

Quando a austeridade falha

por Paul Krugman



Paul Krugman prémio Nobel da Economia e conceituado economista norte-americano, critica duramente os planos de austeridade na Europa, onde se insiste no equilíbrio dos orçamentos como solução para todos os males.

Para Krugman, “na base desta insistência estão fantasias económicas, em particular a crença na fada da confiança – ou seja, a crença de que cortar gastos vai criar empregos, porque a austeridade fiscal irá aumentar a confiança do sector privado”. Em artigo recente Krugman escreve o seguinte:





O governo da Grécia, vendo-se em posição de pedir dinheiro emprestado a um custo apenas ligeiramente superior ao que a Alemanha tinha de pagar, endividou-se demasiado. Os governos da Irlanda e da Espanha não o fizeram (Portugal fica no meio), mas os seus bancos sim, e quando a bolha rebentou os contribuintes viram-se encurralados pelas dívidas dos bancos. O problema foi agravado pelo facto de o boom de 1999-2007 ter feito subir os preços e os custos nos países endividados a um nível muito superior ao dos dos seus vizinhos.
Que fazer? Os líderes europeus ofereceram empréstimos de emergência aos países em crise, mas apenas em troca de compromissos com programas de austeridade selvagens, feitos sobretudo de cortes da despesa. A objecção de que estes programas põem em causa os seus próprios objectivos – não só impõem efeitos negativos drásticos à economia, mas ao agravar a recessão reduzem a receita fiscal – foi ignorada. A austeridade acabaria por estimular a economia, dizia-se, porque aumentaria a confiança.
Ninguém adoptou a ideia da austeridade como estímulo da economia com mais convicção que Jean-Claude Trichet, o presidente do Banco Central Europeu (BCE). Sob a sua liderança, o banco pregou o rigor financeiro como elixir universal a aplicar de imediato em toda a parte, incluindo em países como o Reino Unido e os Estados Unidos, onde o desemprego continua alto e que não estão a sofrer a pressão dos mercados financeiros.
No entanto, como já disse, a fada da confiança até agora ainda não apareceu. A crise económica nos países europeus com problemas de endividamento agravou-se, como seria de esperar, e a confiança, em vez de aumentar, está em queda livre. Tornou-se evidente que a Grécia, a Irlanda e Portugal não serão capazes de pagar as suas dívidas na totalidade, embora Espanha talvez se aguente.
Se quiser ser realista, a Europa tem de se preparar para aceitar uma redução da dívida, o que poderá ser feito através da ajuda das economias mais fortes e de perdões parciais impostos aos credores privados, que terão de se contentar com receber menos em troca de receber alguma coisa. Só que realismo é coisa que não parece abundar.




22 de Maio de 2011
Titulo curioso do Diário Digital:


Política
     
domingo, 22 de Maio de 2011 | 12:01
   
PS: PSD e CDS disputam título de quem é mais sectário
Onde está ":" deve ler-se ","






18 de Maio de 2011


Do blog Anónimo do Séc. XXI recortei o seguinte:


Angela Merkel
candidata a primeiro-ministro de Portugal?


Segundo o Jornal de Negócios (http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=485241), a chefe do governo alemão exige que o número de férias e a idade de reforma de Portugal e dos restantes países periféricos sejam iguais às da Alemanha. A tentação imperial alemã assume novo patamar.
(...)
Estamos perante a intenção de garantir que estes países forneçam mão-de-obra barata e precarizada (para ser ainda mais barata) para a produção que não compensa realizar no centro da UE e que ainda não pretendem que seja transferida para outras regiões do mundo. E em simultâneo pretendem garantir que a banca e o grande capital alemão obtenham elevados lucros com a intervenção (que apelidaram de ajuda!) junto destes países.
Mas estará Angela Merkel a dizer alguma novidade que não esteja já prevista nas linhas ou nas entrelinhas do memorando? Claro que não! E perante este tipo de declarações o que diz o PS, o PSD e o CDS, os partidos do programa comum?»



13 de Maio de 2011


São negativas as perspectivas dos analistas sobre os dados que hoje serão divulgados pelo INE.
Notícia da RR 13/05/2011


O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga hoje os dados sobre a economia portuguesa e antecipa-se já uma nova contracção do PIB. Com dois trimestres consecutivos com crescimento negativo, deve confirmar-se que Portugal já entrou oficialmente em recessão, mesmo antes das medidas de austeridade previstas no acordo com a “troika”.
No último trimestre de 2010, o PIB recuou 0,3%. 



Meu comentário:
Como podia Portugal deixar de entrar em recessão se o dinheiro que deveria ser canalizado para investimentos no apoio à produção está a ser desviado para pagar as dívidas dos bancos ?
Ganham os bancos perdem as empresas e a nossa produção. Cada vez temos que comprar mais ao estrangeiro e pedir novos empréstimos para pagar os empréstimos já pedidos. 

11 de Maio de 2011
O medo da Europa dos Bancos
Do Jornal online Agência Financeira recortei o seguinte:

Os gestores de fundos de investimento gregos alertam para os estragos que aconteceriam a uma economia já em situação difícil caso haja uma reestruturação da dívida do país, considerando que, acontecendo, seria devastador para a economia da Grécia.

«Neste momento a reestruturação da dívida não deve, nem pode, acontecer», afirmou Aris Xenofos, presidente da associação helénica de gestores de fundos e de activos, citado pela agência Bloomberg.

O responsável acrescentou que «seria devastador para a economia grega, provocando estragos no resto da União Europeia e no euro».

As taxas de juro da dívida grega e o custo dos seguros da dívida helénica subiram para máximos históricos devido à especulação de que será feita uma reestruturação da dívida ou que serão prolongados os prazos de reembolso da mesma.

A Grécia está a usar o apoio financeiro de 110 mil milhões de euros que recebeu no ano passado da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI), bem como as vendas de bilhetes do Tesouro helénicos, para assegurar as suas necessidades de financiamento ao longo de 2011.

No acordo estabelecido com as autoridades internacionais, ficou estipulado que a Grécia deverá voltar aos mercados em 2012 e refinanciar, pelo menos, 75 por cento da sua dívida de médio e longo prazo.

Verifico eu que:  estas preocupações surgem dos representantes dos Bancos. Aliás a frase de Aris Xenofos, presidente da associação helénica de gestores de fundos, é bem reveladora. Perde o seu grande negócio. Sempre ouvi dizer que quando a economia vai mal os bancos vão bem e que quando a economia vai bem e não precisa de empréstimos os bancos vão mal.

Pergunto eu: 
Quem são "as autoridades internacionais" que dizem o que a Grécia tem que fazer?
Se a Grécia está a viver há um ano a cumprir as orientações da Troika de lá porque é que está pior do que estava?

Alerta:
Depois não venham dizer que não sabiam!




30 de Abril de 2011
Que Concurso é este ?


Veja este concurso anunciado no dia 30 de Março pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária.
Concurso para
 "Aquisição de serviços de elaboração de propostas de decisão de propostas de
contra ordenação".(???)
Assim mesmo, tal qual.
Por acaso entende que concurso é este e para quê? É que tem como preço base 1,200,000.00 euros!!!


Clique aqui para ver Concurso Público


23 de Abril de 2011
Do:
Manifesto: Filhos de abril alertam para “retrocesso democrático”
Recortei esta passagem final:
(...)
Por fim, o terceiro e mais inquietante eixo desta ofensiva anti-Abril assenta na imposição de uma ideia de inevitabilidade que transforma a política mais numa ratificação de escolhas já feitas do que numa disputa real em torno de projectos diferenciados. Este discurso ganhou terreno nos últimos tempos, acentuou-se bastante nas últimas semanas e tenderá a piorar com a transformação do país num protectorado do FMI. Um novo vocabulário instala-se, transformando em "credores" aqueles que lucram com a dívida, em "resgate financeiro" a imposição ainda mais acentuada de políticas de austeridade e em "consenso alargado" a vontade de ditar a priori as soluções governativas. Esta maquilhagem da língua ocupa de tal forma o terreno mediático que a própria capacidade de pensar e enunciar alternativas se encontra ofuscada. Por isso dizemos: queremos contribuir para melhorar o país, mas recusamos ser parte de uma engrenagem de destruição de direitos e de erosão da esperança. Se nos roubarem Abril, dar-vos-emos Maio! 



12 de Abril de 2011

"Mergulhou na lama a palavra cidadania"
O mandatário de Fernando Nobre nas presidenciais acusou o candidato de “mergulhar na lama a palavra cidadania”. "A curto prazo podem os aparelhistas partidários esfregar as mãos de contentes com este balão de oxigénio para estancar a própria reflexão e renovação no interior dos partidos, que a expressão da votação numa candidatura de Cidadania provocara", afirmou Jorge Castro Guedes, acrescentando que “a onda de esperança e movimentos de cidadania que, desde 23 de janeiro, se desenvolveu na sociedade portuguesa acaba de sofrer um enorme abalo".

O Encenador do Centro Dramático de Viana vai mais longe e afirma que Fernando Nobre "não tinha o direito" de "usar a bandeira do Humanismo na presunção de que iríamos agora todos feitos parvos atrás de um qualquer eleito por desígnio".

Termina lembrando que "os atos ficam com quem os pratica" e que não está arrependido do apoio dado nas presidenciais (...) "O único erro foi de casting: o protagonista, afinal, pertencia a uma farsa" rematou. 



Democracia? Fernando Nobre impede as críticas no Facebook

Da RTP:
    

O antigo candidato à Presidência da República que mantinha uma página na rede social conhecida como Facebook que tinha mais de 40 mil seguidores – na linguagem da rede “amigos” – viu rapidamente no dia do anúncio a sua página encher-se de críticas de todo o tipo e forma. 

Muitos foram efetivamente os que nessa rede social onde outrora escreveram mensagens de apoio e de incentivo escreviam agora mensagens de crítica, de desilusão, e mesmo insultuosas para a honra mais que não seja política do presidente da AMI.

Tal foi a intensidade das críticas que Fernando Nobre se viu forçado a fechar a página que no momento presente já não pode ser encontrada por um qualquer utilizador da rede social.



Mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo
Ver aqui

11 de Abril de 2011
  
Fernando Nobre, PSD e PS


Do DN:
   
O líder da bancada social-democrata, Miguel Macedo, considerou hoje, segunda-feira, que as reacções à escolha de Fernando Nobre para candidato a deputado e a presidente da Assembleia da República pelo PSD mostram que esta foi "acertada".


Do jornal expresso:

Fernando Nobre "começou já a vencer José Sócrates, pois não restam dúvidas de que Fernando Nobre tinha sido convidado pelo PS, mas cujo convite rejeitou. 
Almoçou diversas vezes com José Sócrates, mas não foi convencido !"



Da RTP:
  

Alegre aponta dois equívocos na escolha de Fernando Nobre pelo PSD

Em declarações à Antena1, o socialista Manuel Alegre comenta o facto de Fernando Nobre ter sido escolhido pelo PSD para ser cabeça de lista por Lisboa nas eleições legislativas de 5 de junho e vir a ser o indicado pelo partido para presidente da Assembleia da República alertando para dois equívocos. Para além de Alegre acreditar que muitos dos eleitores que votaram em Fernando Nobre nas eleições presidenciais não o vão voltar a fazer, o antigo deputado lembra que não há uma eleição direta do presidente da Assembleia da República.

2011-04-11 13:26:48

E no DN:
Manuel Alegre:

Em declarações à TSF esta segunda-feira, o socialista lembrou que o ex-candidato à presidênca já apoiou o BE, o PSD e o PS. E recordou que a presença de Fernando Nobre nas listas do PSD "é um motivo de reflexão para os socialistas e outros eleitores de esquerda que lhe deram o seu voto" nas presidenciais.
Alegre acrescentou ainda que os "independentes socialistas, bloquistas e outras pessoas que votaram" em Nobre "não vão agora enganar-se outra vez e votar no PSD" e que com esta atitude o médico mostrou não ter "bem a noção do que é ser presidente da Assembleia da República".




Do Público:

O histórico do PS Edmundo Pedro chamou hoje “troca-tintas” a Fernando Nobre, cuja candidatura independente à Presidência da República apoiou nas últimas eleições de Janeiro.


Da RTP
  
Helena Roseta considera que o convite do PSD a Fernando Nobre é uma fraude e um equívoco. A vereadora da autarquia de Lisboa critica Nobre por se associar ao PSD depois de se ter candidatado à Presidência da República como independente e critica o partido por acreditar que pode oferecer o lugar de presidente da Assembleia da República a alguém.


Do Jornal a Bola:
    
Admitiu que pudesse vir a ser incompreendido pela sua decisão e acertou. A página de Fernando Nobre na rede social Facebook está repleta de críticas pelo facto de o ex-candidato presidencial ter aceitado o convite do PSD para ser cabeça-de-lista por Lisboa e candidato a presidente da Assembleia da República. 

«Votei em si para PR. Julgava-o diferente dos outros. Afinal é igual. Ou, quem sabe até pior. Não tinha necessidade....», afirma um dos muitos seguidores de Nobre no Facebook, que agora se mostram desiludidos e indignados com a sua decisão. 

«O que terá seduzido o dr. Nobre no PSD actual? A intenção de aumentar o salário mínimo, de acabar com os recibos verdes, tornar os despedimentos mais difíceis e caros para os patrões, aumentar as reformas de miséria, diminuir as taxas do IVA (o imposto mais cego e injusto), instituir um imposto justo sobre os lucros dos bancos e aumentar imposto sobre os rendimentos, acabar com os paraísos fiscais, combater a corrupção e a economia paralela?», questiona outra cibernauta.



8 de Abril de 2011

Escolher o lado certo da luta

"O apoio ao PCP e à CDU dará mais força a um caminho de luta que exprima, também pelo voto, a exigência de uma mudança profunda na vida nacional: libertar Portugal da política de direita e construir de forma empenha os caminhos que dêem corpo a uma política patriótica e de esquerda que enfrente os diversos défices estruturais, aposte no desenvolvimento económico e social e na soberania nacional" diz Fernanda Mateus no Jornal Avante.


7 de Abril de 2011

Do blog Resistir.info recortei:

A rede Al Qaeda como instrumento de intervenção dos EUA-NATO 


Amplamente documentada, a "Jihad islâmica" foi apoiada encobertamente pela CIA desde o desencadeamento da guerra soviético-afegã. (Ver Michel Chossudovsky, America's War on Terrorism, Global Research, Montreal, 2005). A Central Intelligence Agency (CIA) utilizando a Inter-Services Intelligence (ISI) dos militares do Paquistão desempenhou um papel chave no treino dos Mujahideen. Por sua vez, o treino de guerrilha patrocinado pela CIA foi integrado com os ensinamentos do Islão:
"Em Março de 1985, o presidente Reagan assinou a Decisão Directiva de Segurança Nacional 166, ... [a qual] autoriza um avanço na ajuda militar encoberta ao Mujahideen e deixava claro que a guerra secreta afegã tinha um novo objectivo: derrotar as tropas soviéticas no Afeganistão através da acção encoberta e encorajar a sua retirada. A nova assistência encoberta dos EUA começou com um aumento dramático nos fornecimentos de armas – uma ascensão firme para 65 mil toneladas anuais em 1987, ... bem como um "fluxo incessante" de especialistas da CIA e do Pentágono que viajavam para a sede secreta do ISI do Paquistão na estrada principal próxima a Rawalpindi, Paquistão. Ali os especialistas da CIA encontravam-se com oficiais da inteligência paquistanesa a fim de ajudar a planear operações para os rebeldes afegãos". (Steve Coll, Washington Post, July 19, 1992).


6 de Abril de 2011

Do blog Resistir.info recortei:

OS DIREITOS HUMANOS NOS EUA
O soldado Bradley Manning — acusado de transmitir documentos à WikiLeaks — foi declarado "inimigo" dos Estados Unidos.
As altas patentes americanas consideram um crime denunciar os crimes da sua tropa e ele será submetido a julgamento em tribunal militar.
Desde Agosto de 2010 está encerrado numa cela de 3 x 2 metros, sem luz natural, durante 23 horas por dia.
Até agora podia estar vestido na sua cela, mas o regime foi agravado e doravante tem permanecer nu. 


2 de Abril de 2011


Privatizações e agravamento da dívida de Portugal


Do Jornal Avante retirei o seguinte:


«Quando as privatizações se iniciaram formalmente em 1989, a dívida bruta do Estado representava 54,3 por cento do nosso PIB, hoje representa 82,3 por cento. Isto é, 22 anos depois do início das privatizações, depois de se ter arrecadado 36 mil milhões de euros, a dívida pública quase duplicou em relação a 1989.»
  
e ainda:
  

«cerca de metade do capital accionistas da Galp,PTEDPBCPBESSantander TottaBPI e BRISA estar nas mãos de estrangeiros, que, naturalmente, repatriam os dividendos que auferem.
Assim, verifica-se que as privatizações não só retiraram ao Estado uma importantíssima fonte de receitas mas também caucionaram a permanente sangria de capitais (estimados em 20 mil milhões de euro por ano!) que, em vez de serem reinvestidos na economia, saem do País como rendimentos pagos ao exterior.»





21 de Março de 2011
Do Blog "Expresso Vermelho" recortei:



O presidente dos EUA fala em democracia e paz, mas apoiou o Golpe Militar em Honduras, mantém tropas no Iraque e no Afeganistão, mantém o bloqueio a Cuba e se arroga no direito de intervir militarmente em qualquer região do Planeta. Dá apoio à política terrorista de Israel enquanto sustenta as ditaduras monarquistas do Oriente Médio, calando-se frente à bárbara repressão às revoltas populares no Bahrein e na Arábia Saudita. O governo brasileiro se aproxima de tal postura ao manter a ocupação militar do Haiti, já castigado pela miséria do modelo neoliberal e refém de séculos de dominação imperialista. Depois do terremoto que devastou o país ano passado, os EUA enviaram marines e ocuparam militarmente parte do território haitiano, atrasando a chegada de ajuda humanitária.




Do Blog "As palavras são armas" recortei:



Os libertadores fazem-se sempre anunciar por bombardeios “cirúrgicos” que não deixam de causar danos “colaterais”. Esta é a linguagem desde há muito usada no Kosovo, Iraque, Afeganistão ou onde quer que cheguem os opressores.
Hoje é dia de festa para toda a canalha a soldo do imperialismo ianque. Nas cervejarias em Estrasburgo lá se encontrarão face a face, lado a lado os adoradores de guerras, os sequiosos de sangue que votaram pela chacina. Três novas canecas se erguem para celebrar o macabro acontecimento; a dos três deputados do Bloco que se faz passar como sendo de esquerda.
E pela porta da liberdade aberta ao povo líbio já começaram a circular os caixões.

Do Blog "Cravo de Abril" recortei: 


Sobre a Líbia, o Conselho de Segurança (CS) da ONU fez o que o Governo dos EUA mandou:
aprovou aquilo a que eufemísticamente chamou a «adopção de todas as medidas necessárias para proteger civis...».Tal expressão, devidamente traduzida, significa que o CS deu luz verde para que os criminosos do costume - EUA, Grã-Bretanha, França... - iniciem, quando quiserem, o bombardeamento da Líbia.

Bombardeamento «para proteger civis»?
Não:
(...)
bombardeamento que vai proteger, sim, os interesses do imperialismo na Líbia e na região.

(...) É a hipocrisia no seu máximo esplendor!

(na AR, Francisco Louçã criticou hoje o Governo por, no CS da ONU, ter votado a favor da decisão de bombardear a Líbia. Critica justa mas hipócrita, se tivermos em conta que os deputados do BE no Parlamento Europeu votaram exactamente no mesmo sentido)



14 de Março de 2011
Em conversa com amigos fui alertado para não perder o Documentário Inside Job (Trabalho Interno)


Do blog Metido a Crítico, retirei estes fragmentos:

Trabalho Interno é um documentário sobre a crise financeira mundial de 2008 que concorre ao Oscar de Melhor Documentário e é, aparentemente, o favorito. Devo dizer(...) que o filme merece os elogios que vem recebendo e, se receber o prêmio, ele será (...) merecido.


Ferguson pontilha seus comentários e aulas de economia "for dummies" com entrevistas editadas de maneira esperta, que evitam longos discursos dos entrevistados. Ele entrevista desde a cafetina de um bordel de luxo especializado em clientes de Wall Street até a Ministra de Finanças da França, passando por professores de Harvard, o mega-especulador George Soros e ex-membros do Tesouro dos Estados Unidos. Ele não deixa ninguém escapar e, muitas vezes, ele dá uma de Michael Moore e cutuca veementemente os entrevistados, com resultados constrangedores e incrivelmente alarmantes. Mas fiquem tranqüilos que o estilo Moore de ser aparece poucas vezes e de maneira muito requintada, quase que perfeitamente natural nas entrevistas. Prestem atenção especialmente nos professores de economia que recebem dinheiro para escrever teses dizendo que tudo está uma maravilha. São momentos imperdíveis de tragicomédia.


Atualíssimo e narrado por Matt Damon, Trabalho Interno é um filme obrigatório para todos nós que queremos entender um pouco do tamanho do problema ao nosso redor para nos preparar para o que ainda está por vir. Afinal, em tese, pelo jeito que as coisas estão andando, esse documentário terá continuação...





6 de Março de 2011
Professores vítimas de uma política do
"salve-se quem puder"

Do i online, recortei este fragmento:
 
A competição entrou nas escolas. Os professores brigam para conseguirem subir na carreira. Colegas avaliam colegas a competir pela mesma vaga. Quem dá aulas de História avalia quem dá aulas de Filosofia. Licenciados em Inglês avaliam licenciados em Francês. Directores com formação em Matemática ou em Biologia obrigados a avaliar coordenadores de Geografia, de Português e quem mais tiver de ser. Avaliadores submersos em fichas de avaliação, relatórios de auto-avaliação, aulas assistidas, reuniões ou entrevistas com os que se candidatam às notas mais altas - Muito Bom e Excelente. Avaliados ressentidos e avaliadores atormentados.

O meu comentário: A política que a direita fomenta, pois é o terreno que lhes convém, - como se diz no futebol "jogam em casa" - é o do dividir para reinar, do salve-se quem puder, da competição em que ganha o mais forte ou o que tem mais "cunhas", é a política da ausência de valores. O Deus da direita é o Dinheiro, todo poderoso, conseguido à custa da exploração de outros.

5 de Março de 2011

Estamos em tempo de parvoíces para enganar parvos


Do jornal da SIC de hoje recortei:
O antigo presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) afirmou que o Conselho Europeu de 24 e 25 de março não será o "dia D" para os portugueses.

"O papel da Europa é acordar-nos. Temos de contar connosco próprios, não devemos pedir ajuda", disse Van zeller, acrescentando que mesmo que esta chegasse agora "não ia corrigir o problema de consumirmos mais do que o que produzimos". 

Os meus comentários:
Quando foi o tempo da decisão da adesão de Portugal à CEE na altura, tudo eram facilidades. Houve muitos, mas não os suficientes, que desconfiaram de tanta fartura, de tanta dádiva. Era a Europa da coesão social, a Europa da ajuda, da solidariedade, a uma só velocidade e não a duas velocidades, a oportunidade de nos juntarmos aos ricos. De facto era muita fartura. Logo a seguir vieram as regras (dos ricos) a que tínhamos de obedecer. Houve mais gente a desconfiar.
Era o tempo de serem os outros a mandar em nós mas, para nosso bem, claro! Com essas regras, vieram os subsídios para abater a frota pesqueira, para abater as oliveiras, para destruir as vinhas, para acabar com boa parte da agricultura.
Logo a seguir vieram as multinacionais instalar-se cá, para vender o que deveríamos ser nós a produzir.
Ficámos com 700.000 desempregados. Arruinámos a nossa produção.
Vem agora um senhor, que pelos vistos não é nada parvo e diz:
"O papel da Europa é acordar-nos. Temos de contar connosco próprios, não devemos pedir ajuda" e depois acrescenta que afinal nós produzimos menos do que consumimos. Agora é tempo de só comer aquilo que nos permitiram que produzíssemos. E esse senhor Zeller comerá apenas aquilo que produz?




2 de Março de 2011
Que parvos somos...




A propósito de comentários feitos neste blogue, quando dei nota das reações a um editorial, num jornal, vi um texto de Paulo Anjos no blogue "Praça do Bocage" que reaje à polémica gerada pela música dos Deolinda. Do texto, resolvi recortar o seguinte: 


O problema, claro está, não reside nas boas intenções do grupo, (Deolinda) mas sim na forma como os portugueses reagem aos problemas, na forma como lhes dão atenção, ou melhor, na forma, artificial, como a agenda mediática acolhe determinados temas.


O drama da precariedade laboral, alimentada por recibos verdes e mal pagos e por estágios não remunerados, é um tema presente na sociedade portuguesa há muitos anos, um tema que os sindicatos, em especial, têm feito um enorme esforço para colocar na ordem do dia. O problema não é novo, nem sequer é exclusivo desta geração, e nem por isso mereceu noutras alturas a atenção que agora merece dos media.


A música dos “Deolinda” acaba, também, por ser o pretexto para exercícios de uma hipocrisia sem limites. 
(...)
E, contudo, ainda bem que finalmente se consegue fazer uma discussão alargada em torno da precariedade sem que, de imediato os media a desvalorizem por ser coisa de sindicatos ou de partidos de esquerda.


Felizmente, não pode haver parvoíce que dure sempre…




28 de Fev.
Do Blogue "Olhar à esquerda" recortei esta noticía e vídeo comemorativo dos 50.000 visitantes daquele blogue. Parabéns Juvenal.


“A GUERRA QUE VOCÊ NÃO VÊ”




e que é a mais extraordinária revelação da manipulação que tem servido de base á mais demolidora máquina de propaganda, que até aos dias de hoje tem servido os interesses do Capital.











17 de Julho de 2011


Bradley Manning, o soldado acusado de ter sido a fonte do WikiLeaks foi preso há um ano, e continua sem julgamento. “A nossa grande batalha está ainda a decorrer nos Estados Unidos, atrás das grades”, disse o fundador da WikiLeaks”, Julian Assange, referindo-se a Manning.


O soldado acusado de ser a fonte do Wikileaks, Bradley Manning, passa 23 horas por dia fechado numa cela em condições comparáveis a tortura. Depois da ONU, é agora a vez de 295 juristas de várias instituições condenarem a sua prisão.



Uma Carta Aberta publicada no jornal New York Times foi a forma escolhida por 295 juristas americanos de várias instituições académicas para condenarem as condições em que se encontra detido o soldado acusado de ser a fonte do Wikileaks.
Na Carta publicada no jornal de referência norte-americano os juristas afirmam que as condições em que Manning se encontra detido violam a Oitava Emenda, que proíbe o castigo cruel e a Quinta Emenda que proíbe punição sem julgamento. Os subscritores da Carta criticam ainda a postura do Presidente Barack Obama por não se opor às condições de detenção do soldado, uma vez que foi professor de direito constitucional.
Bradley Manning encontra-se detido numa prisão de segurança máxima no estado da Virginia, onde passa 23 horas por dia em regime de isolamento, numa cela de seis metros quadrados, sendo obrigado a responder de 5 em 5 minutos às questões colocadas pelos guardas prisionais.

Ao longo de mais de 4700 páginas, os documentos agora tornados públicos confirmam os abusos à Lei Internacional a que estiveram sujeitos as centenas de pessoas detidas na base americana em Cuba, incluindo doentes psiquiátricos, idosos com demência e adolescentes.
Dos registos agora conhecidos, fazem parte as fichas de 759 prisioneiros, dos quais 170 ainda permanecem na prisão. Do total dos prisioneiros a que os documentos referem, 150 eram comprovadamente inocentes e 380 não tinham qualquer relevância para o combate ao terrorismo.
Segundo notícia o diário “El País”, 143 pessoas estiveram detidas durante mais de nove anos, não conhecendo muitas delas os motivos da sua detenção. Reveladas foram também as situações de pessoas que estiveram presas durante dois anos apenas por terem o mesmo nome que um comandante talibã, ou o caso de presos de alto risco que foram libertados, como Abdullah Mehsud, extremista talibã que cometeu atentados após a sua libertação de Guantánamo.
Recorde-se que a Administração de Barack Obama se comprometeu com o encerramento da prisão de Guantánamo e dois anos após a sua eleição, continua por encerrar. A revelação destes documentos surge numa altura em que já é conhecida a intenção de Barack Obama em de se recandidatar em 2012.
Operacional da Al-Qaida era também operacional dos serviços secretos ingleses
De acordo com os documentos agora tornados públicos, um operacional da Al-Qaeda acusado de ter colocado bombas em duas igrejas católicas no Paquistão, Adil Hadi al Jazairi Bin Hamlili, cidadão argelino, seria ao mesmo tempo um operacional dos serviços secretos ingleses, o MI6.
Segundo os operacionais da CIA que conduziram os interrogatórios a Bin Hamlili, este seria também um operacional dos serviços secretos ingleses e canadianos, sendo considerado um perigo para os Estados Unidos da América e para os seus aliados.






25 de Fev.

Líbia: O que está para além da crise



De OUTRAS PALAVRAS Ponto de Cultura recortei esta notícia que me pareceu nalguns aspectos interessante e que é uma visão diferente da que anda a ser difundida por órgãos de informação que falam pela voz do dono, da especulação e da visão única que procura aproveitar os justos conflitos dos povos para dividir, para dominarem os recursos de muitos países que o imperialismo considera estratégicos.

Diz Hugo Albuquerque, que é um equívoco relacionar os conflitos sociais do Mundo Árabe, com as condições de vida das pessoas. E explica: "nem a Tunísia, tampouco os países afetados pelo efeito dominó, são os mais pobres, desiguais ou politicamente opressivos do continente africano ou do mundo, embora eles sejam pobres, desiguais e opressivos. Antes de mais nada, é preciso ponderar o que disparou essa fantástica explosão do desejo e entender como ele interferiu no campo social." Analisa factores demográficos - grande número de jovens - que provocaram "a irrupção, finalmente, de um modelo de militância capaz de fazer multidão, alternativo ao enferrujado nacionalismo árabe ou ao fundamentalismo islâmico e suas ambiguidades — conseguiram reverter um quadro que, há pouco menos de um ano, era de mais perfeita servidão". Seguidamente recorda que a Líbia é o "país com as melhores taxas de qualidade de vida da África — iguais aos dos melhores países latino-americanos —,  onde o extremismo religioso amarga a irrelevância e em relação ao qual os analistas internacionais supunham que jamais seria afetada pelas atuais circunstâncias. No entanto, a Líbia se vê diante de uma revolução que vem a se unir com a multiplicidade de revoluções do continente. A tirania local sob o comando do controverso coronel Gaddafi mistura socialismo autoritário do Leste Europeu, em moldes árabes, com um bocado do nacionalismo nasserista e boas doses de histrionices. Neste exato momento, essa tirania tem protagonizado a mais dura reação vista à Revolução Árabe até agora, ao mesmo tempo em que desmistifica a lenda da viabilidade da “boa ditadura”: regime opressivo que produziria boas “condições objetivas” de vida".
Trata-se de uma opinião com que não concordo totalmente pois esquece a luta de classes em que a sociedade actual vive. Seria utópico pensar na possibilidade de um socialismo que não fosse autoritário para com os que pretendem explorar as classes trabalhadoras. A análise terá que ser feita em função do desempenho desse "objectivo de socialismo". Terá havido a participação e o controlo das classes trabalhadoras? Não basta dizer-se que se é socialista. É preciso que a prática leve a que o povo e a classe trabalhadora, tomem a direcção do processo.

Portanto o que está em causa é o autoritarismo desligado do povo. Aliás, Hugo Albuquerque, dá-nos essa pista ao dizer que nesse socialismo "se é que podemos considerá-las como um socialismo, haja vista que não são os trabalhadores que controlam os meios de produção" conclui portanto que a reacção popular é mais de natureza libertária.

Confirma essa natureza de socialismo ao esclarecer que "Embora a ditadura de Gaddafi tenha sido reabilitada pelo Ocidente — seja por ter aderido à Guerra ao Terror norte-americana, seja pela repressão dos imigrantes no Mediterrâneo ao lado dos europeus —, a revolta reforça que os árabes não estão mais dispostos a tolerar nem o imperialismo, nem as degenerações autoritárias “contra-hegemônicas”, que surgiram em sua decorrência — reconciliadas ou não com o Ocidente".

Hugo Albuquerque termina o seu artigo com um certo optimismo "Se a situação de submissão real daqueles países ao sistema internacional não será mais tolerada, também não há espaço para um novo Nasser (e muito menos para um novo Sadat) , o que é maravilhoso". e ainda: "Apesar de tudo, o desafio dos revolucionários líbios ainda é enorme, face à brutalidade da repressão. Seja como for, nada será como antes e é isso que importa". Concordando que nada será como dantes, e não querendo também incorrer no erro de uma visão pessimista, pelo que se vê da movimentação da CIA, do imperialismo e da sua força armada NATO, e sabendo nós a debilidade que existe nas organizações da classe trabalhadora, tenho fortes receios que os revoltosos possam sucumbir ou ser conduzidos a caminhos que abram as portas a novos tipos de ditaduras com base na exploração económica desses países.

17 de Fev.

Também do Jornal Avante, recortei este pedaço da Opinião de José Casanova:

Sem surpresa

Os média dominantes, na sua generalidade, silenciaram o aniversário do Avante!

O ódio de classe é assim, pelo que não há razão para surpresas.

Surpresa seria – e grande – se o aniversário do órgão central do Partido Comunista Português – que orgulhosamente ostenta no seu cabeçalho a foice e o martelo e a consigna Proletários de todos os países, UNI-VOS!… – tivesse sido tratado de forma diferente da que foi pelos jornais que são propriedade dos grandes grupos económicos e financeiros…
(...)
E se a tudo isto – e a muito mais que não vale a pena lembrar – acrescentarmos o facto de o Avante! ter sido o único jornal que nunca se submeteu à censura fascista – e que, assim, fez da sua longa existência um caso de afirmação concreta de liberdade de informação assumida – não é difícil concluir que o órgão central do PCP constitui um caso singular na história da imprensa portuguesa e da luta pela liberdade de informação.

Enfim, tudo coisas em que os média dominantes nem querem ouvir falar. Nem falam.

Enfim, tudo razões mais do que suficientes para o silenciamento do 80.º aniversário do Avante! por parte desses paladinos da liberdade de informação que são os média da desinformação organizada.



Holofotes

Com o título de Holofotes Publicou o Jornal Avante um comentário do dirigente comunista Vasco Cardoso e do qual recortei o seguinte:

Em poucos dias, com o anúncio da abstenção do PSD e do CDS – e apesar de ainda não se conhecer o conteúdo da dita – a Moção de Censura ao Governo que o BE apresentou, morreu.
(...)
O oportunismo de quem, após afirmar que uma Moção de Censura não teria «utilidade prática», quatro dias depois estava a anunciar uma Moção de Censura em pleno debate com o Primeiro-Ministro.

O oportunismo de quem anunciou uma Moção de Censura a um mês (!!!) de distância da sua discussão e votação na Assembleia da República, acalentando com isso a indisfarçável esperança de polarizar a discussão política e concentrar em si os holofotes.

Significa isto que o Governo PS e a política de direita não merecem censura? Claro que merecem. (...) O Governo PS e a política de direita, da mesma forma que contam com o apoio e o aplauso dos grupos económicos e financeiros, merecem a censura dos trabalhadores, da juventude e do povo.

Uma censura feita nas ruas, nos locais de trabalho, nas escolas e potenciada na Assembleia da República. Uma censura para travar este governo, para dar força à luta, para impor uma ruptura com a política de direita. Uma censura a sério.


16 de Fev.
Do Jornal L'Humanité

Tunísia: "Contra aqueles que querem um simples liberalização da ditadura ..."


Hamma Hammami porta-voz do Partido Comunista dos Trabalhadores da Tunísia, e sua esposa, Radhia Nasraoui, advogada e ativista dos direitos humanos, apelam para a formação de uma Assembléia Constituinte como a única maneira de mudar radicalmente o sistema.

Um mês após a fuga de Ben Ali, a situação permanece extremamente tensa na Tunísia. Em Kef, cidade de montanha, a revolta começou quando dois manifestantes foram friamente baleado por um policia do antigo regime. Na área mineira de Gafsa, os desempregados decidiram bloquear as atividades da Sociedade de fosfatos exigindo trabalho. 

Embora a ditadura tenha caido, as estruturas permanecem as mesmas. O que me tranquiliza é a continuação da mobilização popular. Há manifestações de rua e greves com exigência de políticas sociais, diz Hamma Hammami.

A população sabe que, no momento, não há verdadeira ruptura, mas uma simples liberalização da ditadura. Os mesmos continuam à frente dos mídia. A polícia política ainda não foi dissolvida. 

Em 23 anos de reinado de Ben Ali, houve um empobrecimento geral dos trabalhadores, artesãos, pequenos comerciantes ... o custo de vida tornou-se insuportável, não só para os desempregados, mas para todos os trabalhadores. 


12 de Fev.


Do blogue "Relógio de Pêndulo" recortei estes fragmentos de texto, comentando a vitória do povo no Egipto e que me mereceram especial atenção:

"De forma inesperada, a história persegue seu curso. E se há outra lição a recolher dos acontecimentos actuais, será a de que a corrente da vida galga as margens. E que as “revoluções” não se decretam, nem muito muito menos se traçam a régua e esquadro, ou obedecem a figurinos. E se é verdade, que por vezes “basta uma fagulha para incendiar a pradaria”, também é verdade que o fogo segue sempre a direcção do vento, por natureza incontrolável…"

E no final dos comentários, diz o Herético:

"O governo dos EUA proclama que, no Egipto, se deve proceder a uma “transição democrática e pacífica” e logo a UE afina pelo mesmo diapasão, sobe uns decibéis, e sustenta ser necessário que se proceda a uma “transição pacífica e ordeira”.
Parece óbvio, que para além dos sonoros (e apelativos) adjectivos, qualquer das “transições” almejadas pelos EUA ou pela EU, se resumem ao seguinte: manter Mubarak no Egipto e, se tal não for possível, como se presume, substituí-lo por um qualquer outro de fachada democrática."


11 de Fev.
Hoje os blogues, jornais e outros meios de comunicação, concentraram as atenções na demissão de Mubarak.
do blogue http://gaza-peace-n-freedom.blogspot.com/2011/02/declaracion-del-partido-comunista.html
retirei este pedaço:

TUESDAY, FEBRUARY 1, 2011

Declaración del Partido Comunista Egipcio desde Plaza Tahrir, 01 de febrero 2011

Hoy se envió un mensaje al Partido Comunista Libanes del Partido Comunista Egipcio, directamente desde la plaza Tahrir. Esta publicado en original arabe acá. Abajo hay una traducción inoficial al castellano, hecho por este blog:

Declaración emitida por el Partido Comunista Egipcio

La revolución continuará hasta que se cumplen las demandas de las masas



El momento de la verdad se acerca. Este es el momento decisivo para las fuerzas populares para el cambio de Egipto, para derrocar al régimen de Mubarak. Parece que los imperialistas, y sus amos estadounidenses en particular, están levantando las manos de él después de la continuación de la revolución en todas partes de Egipto.


Hoy, millones emergen para exigir la demisión de Mubarak. Van a evitar y superar todas las conspiraciones del dictador y su banda de espías para frustrar la revolución.


La formación de un comité, que goza de la confianza del pueblo y los manifestantes, es crucial para alcanzar las demandas de la revolución política, económica y social, y hacemos énfasis en las demandas básicas presentadas por las fuerzas nacionales a los diputados del parlamento popular :


1 Demisión de Mubarak y la formación de un consejo presidencial para un período transitorio de duración limitada


2 La formación de un gobierno de coalición para administrar el país durante el período transitorio


3 Convocar a la elección de una asamblea constituyente para redactar una nueva constitución para el país basado en el principio de la soberanía naciónal y asegurar la devolución del poder en el marco de un estado civil democrático y justo.


4 Enjuiciar a los responsables de cientos de muertos y heridos de mártires revolucionarios y víctimas de la opresión, así como velar por el enjuiciamiento de los responsables del saqueo de las riquezas del pueblo egipcio.


5 ¡Viva la revolución del pueblo egipcio!


01 de febrero 2011 - El Cairo



6 de Fev.
Do blogue Entre as Brumas da Memória recortei este fragmento de um texto que tem por título:


A geração rasca

Como é explicado este termo foi utilizado no editorial do jornal Público há cerca de dezoito anos. Diz Joana Lopes:

«Há mais ou menos dezoito anos, um editorial deste jornal teve a ideia de chamar “geração rasca” aos jovens que na altura tinham mais ou menos dezoito anos. A geração — essa geração, a minha — nunca mais conseguiu esquecer. Com toda a ambiguidade, levámos o nome a peito: ficámos ofendidos com ele, um pouco envergonhados sim, muito irritados também, mas fizémo-lo nosso sobretudo, tentando dar-lhe a volta (a “geração à rasca”) às vezes. Recusámo-nos sempre, sabe-se lá porquê — porque era injusto, digo eu —, a largá-lo.
E nestes anos todos, de forma passiva, cabisbaixa e rotineira lá fomos aceitando mais um estágio, mais um subemprego, mais uma caderneta de recibos verdes, mais um mês no call center, ou — pior ainda — um telefonema do call center a dizer que afinal não precisamos de ir neste mês nem nos seguintes.»


Posto isto, ou como se usa nestes casos, postado isto, Joana Lopes "posta" também uma canção de Deolinda que vem mesmo a propósito:



Por ordem dos donos do Mundo... 

Egipto: Transição deve ser feita com Mubarak, diz enviado de Obama

Por Redacção (do Jornal a Bola)

Apesar de não ser essa a vontade dos manifestantes egípcios, o enviado do presidente norte-americano ao Egipto, Frank Wisner, afirmou este sábado que a transição política para a democracia no país deve ocorrer com o Presidente Hosni Mubarak.

... mas a dona da Europa não quer ficar atrás e diz:

A chefe do Governo alemão garantiu ainda o apoio da União Europeia (UE) às mudanças que se avizinham nos países do norte de África e ao atual movimento de protesto no Egipto.
"No Egipto haverá mudanças", afirmou Ângela Merkel, que realçou que estas mudanças devem tomar forma e que a UE está disposta a apoiar o processo de transição. 




5 Fev.
Do blogue Barreiro por Sensei

A VITÓRIA DE SUA EXCELÊNCIA O PROFESSOR DOUTOR ANÍBAL CAVACO SILVA NO PASSADO DOMINGO DIA 23 DE JANEIRO DE 2011, REFLECTE A VERDADEIRA CULTURA DESSE POVO PORTUGUÊS QUE NELE VOTOU.
AQUI FICA A DEMONSTRAÇÃO CLARA E SEM QUAISQUER DÚVIDAS DESSA CULTURA QUE SE ESTRUTURA EM 4 PILARES BEM SÓLIDOS:
  1. A MÚSICA LIGEIRA PORTUGUESA (Designada pela minoria estúpida e pouco dada à cultura como música pimba)
  2. O FUTEBOL (Verdadeira razão da existência de Portugal)
  3. A IGREJA (Acreditar que ser pobre é inevitável pois é a vontade de Deus)
  4. A TELEVISÃO (Palavra do DEUS VIVO inquestionável e fonte de toda a verdade)
Seguem-se algumas contribuições para a cultura nacional:





4 Fev.
Do blogue Cantigueiro e no dia de aniversário de Almeida Garrett recortei:


Numa passagem das suas “Viagens na minha terra”, Garrett fez uma pergunta que ficou famosa: 
«Quantos pobres são necessários para fazer um rico?»
Passados que são 157 anos sobre a sua morte, o escritor e político não precisaria de fazer esta pergunta. Bastar-lhe-ia ver os telejornais, ler jornais e olhar à sua volta para ter a sua resposta.
Veria, por exemplo, notícias de que numa altura em que entram em vigor os cortes nos salários, uma altura de tremendo desemprego, de aumentos de impostos para os mais fracos, cortes de pensões, de abono de família, de credenciais de transporte para doentes pobres, de milhares de falências de pequenas e médias empresas, de trabalho cada  vez mais precário... veria notícias, como dizia, contando que no meio de tudo isto, três bancos privados portugueses (BES, BCP e BPI) cometeram a proeza de, em 2010, verem aumentados os seus lucros, atingindo os mil milhões de euros, cerca de 2,7 milhões de lucro por dia... ao mesmo tempo que conseguiram reduzir o pagamento de IRC dos cerca de 200 milhões de 2009, o que já era pouco, para uns vergonhosamente insultuosos 35 milhões em 2010.
Almeida Garrett teria aqui uma parte substancial da sua resposta!



2 Fev.
Tunísia e Egipto
Do Blogue "As palavras são armas" fiz este recorte:

Pouco se fala na Tunísia. É uma questão arrumada. Melhor será deixar na dúvida se a revolta serviu aos revoltosos. Foi um mau exemplo e como tal deve ser silenciado.
Com milhões de egípcio na rua há já dez dias, os mídia que escrevem pela mão de Israel e dos EUA encontraram uma solução, pelo menos provisória. Deixou de haver contestação contra Mubarak, passámos a ter “conflitos” entre prós e contra Mubarak.
A Al Jazeera afirma que são polícias à paisana e as fotos que circulam apresentam os partidários de Mubarak montados em camelos e cavalos.
Do lado de cá...


Obama, com o qual tudo iria correr bem nada iria correr mal, vem-nos dizer que em Setembro tudo ficará resolvido. Os governantes de Israel, quedos e mudos como se não existissem aguardam que se apague a fogueira que têm vindo a atear. A França pretendia enviar material e técnicos anti motim para a Tunísia. A União Europeia aconselha calma aos manifestantes.
Entretanto os nossos politólogos continuam a politicar.

Isenção? Informação?

Novas regras “retiram” subsídio a 847 pessoas
Desempregados que perderam subsídio por recusarem emprego duplicaram em 2010
Era este o grande título de uma notícia importante do Jornal Público de dia 29 de Janeiro. Logo seguido do destaque:

"O Governo apertou as regras do subsídio do desemprego, limitando a possibilidade de os beneficiários recusarem ofertas de trabalho. O impacto desta medida foi evidente."


Para quem se der ao trabalho de investigar, verificara que em cerca de 700.000 desempregados no país, 847 não aceitaram as tais novas regras que fizeram duplicar o número, que pelos vistos era de cerca de 400 trabalhadores. Costumava-se dizer que um cão morder uma pessoa... não era notícia, mas que uma pessoa morder um cão já podia ser notícia. É por isso que não costumam ser notícia as grandes realizações do PCP como a Festa do Avante, coisas vulgares, tal como a existência de 700.000 desempregados em Portugal. Contudo é notícia, e pelos vistos importante que 847 trabalhadores desempregados recusaram ofertas de emprego, que pelos vistos deveriam ser bons empregos, tipo conselho de Administração da Galp ou de Motoristas para o Gabinete do Primeiro Ministro.


31 Jan.
O 11 de Setembro que não deve ser esquecido



26 de Jan. 2011

Cantigueiro

Mário Soares - Nauseabundo

O Dr. Mário Soares, quanto mais não fosse para mostrar (já não era necessário!) que as suas fantásticas “qualidades” não conhecem limites, veio, ainda com a derrota humilhante de Alegre em carne viva, declarar umas coisas que depois de traduzidas, são apenas mais um retrato feio do ódio vesgo que o move contra o poeta e ex companheiro. Claro que não lhe bastou ter patrocinado uma candidatura concorrente para lhe dinamitar a campanha. Era preciso mais! 



As palavras são armas


Os meios de Intoxicação Social


Se alguém se atreve a criticar os meios de intoxicação social atribuindo-lhe a responsabilidade que indubitavelmentelhe assiste quanto ao nosso retrocesso civilizacional, tem na sua peugada açulados pelos detentores do poder, cães-de-fila em matilha abocanhando o atrevido prevaricador.


O Tempo das Cerejas

Proposta governamental para indemnizações


... Dito isto, (Proposta governamental para indemnizações ) talvez aqueles que se obstinam em ver a vida política num sistema de caixas fechadas, ao olharem para isto, devessem ver como são cínicos, esparvoados e aéreos os seus suspiros e apelos para uma «unidade de esquerda» (esquerda em que, atenção, eles incluem o partido do governo que assina por baixo estes revoltantes e infames retrocessos).


A Política e o Pensamento das Caixas Fechadas


... o PS no Governo, dada a capa protectora de «socialista», até fez uma política mais à direita do que a própria direita teria forças para fazer.